terça-feira, 27 de junho de 2017


A Fina Camada de Humanidade que Cobre a Terra e os Insípidos Bilhões de Anos

 

                            Na teologia dos plânctons o fitoplâncto gerou o zooplâncto que gerou o krill que gerou tudo mais. No livro de Carl Sagan, Bilhões e Bilhões (Reflexões sobre Vida e Morte na Virada do Milênio), São Paulo, Cia. das Letras, 1998, capítulo 10, Está Faltando um Pedaço do Céu, p. 94 e seguintes, ele desenvolve toda uma visão da fragilidade da cadeia alimentar, também nisso tendo grandeza de prevenir, como fizera com a guerra termonuclear em outro livro, Inverno Nuclear, derivado de estudos onde mostrou com colaboradores que mesmo uma troca de mil das dezenas de milhares de bombas começaria um inverno artificial que dizimaria grande parte da vida na Terra.

                            Internet SOBRE SAGAN (compactado)

Quando morreu de câncer em dezembro de 1996, aos 62 anos, Carl Sagan era provavelmente o astrônomo mais conhecido no mundo. A sinergia da indústria de best-sellers e programas televisivos com os talentos de Sagan transformaram-no num superstar científico. Ele foi também um pesquisador e professor que ajudou a criar duas novas ciências multidisciplinares: a ciência planetária e a exobiologia (também chamada astrobiologia).

                            Quer dizer, como crianças mimadas as pessoas estavam de um lado e outro brincando com a morte, que é adulta e velha.

                            O INVERNO NUCLEAR NA Internet (compactado)

Com o advento da Física Nuclear, o Homem criou inúmeras portas para se resolver problemas cotidianos, simplificando questões em vários campos, como Medicina, Indústria, Tecnologia, entre outros. A cada dia que passa, o Homem, através do desenvolvimento tecnológico, lança mão de novos caminhos de tal forma que lhe permitir a manusear a vida da forma que desejar.

                            Depois disso, ele pensou para prevenir o mundo: a) a continuação das falsas facilidades pode destruir a vida através do menor dos conjuntos vivos, o fitoplâncto; 2) o ozônio todo reunido e distribuído não passa de uma camada de alguns milímetros que, no entanto, nos defende há bilhões de anos. Se desaparecermos não desaparece a Vida geral, ela já esteve mais perto da morte há 273 milhões de anos, quando esteve 99 % em perigo de desaparecimento; ou há 65 milhões de anos, quando o índice de perigo foi de 70 %. Não é a Vida que está ameaçada, é a NOSSA VIDA, nossa participação no projeto geral da Vida.

                            A humanidade parece grande demais, muito grande, mas na realidade é apenas uma finíssima camada de fitoplâncto, de ozônio, de responsabilidade nuclear. Fora disso serão outros bilhões de anos, talvez, até chegar de novo onde estamos, se chegar. Insípidos bilhões de anos. Somos tão frágeis quanto os nós ou elos mais fracos da corrente da Vida. Ele (e outros) mostraram pelo menos três desses elos.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de junho de 2004.

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