terça-feira, 27 de junho de 2017


A História do Absoluto

 

                            Imagine o Um, Pai, aquele que subsistiu quando todos morreram. Ele (Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI = ABBA = ALÁ) tem sentidinterpretadores externinternos, só que não como os nossos, não parciais como os nossos, sim S/I totais.

                            Sendo como já vimos a história geografia do passado e a geografia história do presente e sendo passado, presente e futuro coisas que se situam sempre no único presente podemos ver que nossas percepções geográficas do presente ou espaço e históricas do passado ou tempo são parciais, racionais, incompletas, mas que as de ELI são totais, perfeitamente centradas, absolutas.

                            Assim, que geografia e que história o Absoluto (= CRISTO = AUGUSTO, etc.) conta? Só essa GH TOTAL é realmente verdadeira, o resto não passando de escolha ou descompensamento ou desequilíbrio de fatos no presente (geografia) ou no passado (escolha dupla, a falha da falha). Não há nenhuma esperança de chegarmos sequer perto de uma representação TÃO FIEL ASSIM. De jeito algum, nem remotamente. Então, compreendendo que toda geografia e toda história É ESCOLHA, é modelo, é estudo, é privilégio, é separação em relação aos outros, é diminuição desses outros, podemos agora re-presentar o passado (história) e o presente (geografia): GH é ordem de separação. Separação em classes.

                            É, claro, serviço de classe. Não pode deixar de ser. Mas qual serviço, com que categoria e a qual classe? Só se podem fazer essas escolhas: 1) burguesia ou proletariado? 2) com que apuro? 3) que gênero de prestação de serviço? 4) na geografia (luta no presente) ou na história (luta no passado)? FAÇA A SUA ESCOLHA. Mesmo os que não desejam explicitar estão fazendo sua escolha, definindo a sua linha, que pode ser a definição (explícita) de não ter linha nenhuma - a pior das linhas: não ter qualquer linha, estar não apenas fora de si, pela escolha de não escolher, como estar fora de todos. Os que se dizem apolíticos são os piores políticos, da política da indefinição, da covardia, pois mesmo os que pregam o equilíbrio só podem fazê-lo DA TOTALIDADE e não da parte, pois esta continuaria sendo desequilíbrio; então, quando pregam o equilíbrio tal equilíbrio pode ser optar pelo lado enfraquecido.

                            Se há que na racionalidade senão o escolher, que seja escolha da pureza d’alma e a alma da pureza.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de junho de 2004.

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