Convecção Tectônica
Na marcha dos
crátons para o Oeste na América do Sul o Planalto Brasileiro e o Planalto das
Guianas foram dois subcontinentes que marcharam unidos por estarem na mesma
placa coletiva, levantada nos Andes, como já vimos fartamente no Livro 85, no
84 e em outros para trás, vá procurar. Mas, se a Placa da América do Sul monta
sobre a Placa de Nazca, que afunda, a que ritmo esta submerge? Não pode ser
muito rápido, senão o que está entre os Andes e os dois planaltos citados não
teria subido. Se fosse muito lento, por outro lado, tudo teria subido muito,
como os Andes fizeram, vários milhares de metros, e não é o que vemos. Então,
NA BORDA, no limite, numa largura de mil ou mil e quinhentos quilômetros, que é
a largura média dos Andes, a Placa de Nazca, ao afundar, sustenta ainda a Placa
da América do Sul; contudo, não se precipita rápido demais, pelo contrário, pois
levantou o mar que estava para o Leste, isto é, tudo que estava no fundo do mar
e agora é terra seca, restando o grande-lago do Pantanal Mato-grossense,
prestes a desaparecer totalmente bem sob nossas vistas. O Pantanal já foi um
grande-lago, como os grandes lagos americanos-canadenses, e está sumindo. Por
sua vez aqueles de lá se tornarão pântanos e eventualmente irão sumir também,
dentro de milhares a milhões de anos. Os Grandes Lagos são futuros pantanais, o
Pantanal foi um antigo grande-lago.
Recontando, a borda
de Nazca, que desce, não afunda tão rápido, tem dureza bastante perante o magma
para sustentar os Andes, que balançam e causam terremotos. Porém, para dentro,
mais para o Leste, não tem mais tanta força assim, o magma vai corroendo-a e
ela não suporta levantar bastante a Placa da América do Sul, muito acima dela.
O que teríamos visto seria o lento preenchimento do gigantesco canal por um
grande rio de milhares de quilômetros que ia de norte a sul, da Venezuela à
Argentina, ou vice-versa, seria preciso investigar. Ainda resta alguma coisa de
Nazca abaixo do Pantanal. Se perfurarmos bastante encontraremos restos de um continente
diferente, com históricas geológicas de mais de 70 a mais de 280 milhões de
anos atrás.
A convecção (no
Aurélio Século XXUI digital S. f. Fís. 1. Em fluidos, processo de transmissão
de calor que é acompanhado por um transporte de massa efetuado pelas correntes
que se formam no seio do fluido) tectônica é que é responsável por isso. É uma
tempestade de calor, mas lenta, lentíssima, ao ritmo de metros por milhares de
anos. O afundamento é lento de verdade. Afinal de contas é necessário grande
calor para derreter pedras.
Vitória, domingo, 27
de junho de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário