Desenhando
Corpomentes
Como já vimos, os
cibermestres do futuro, os engenheiros mecatrônicos, os roboticistas deverão
desenhar separadamente corpos e mentes. Só que são corpomentes
informacionais/p.4 e não mais psicológicos/p.3 – são, conseqüentemente, mais
avançados e não menos que os seres humanos. Já sabemos fazer seres tão
avançados quanto os humanos – é através do sexo. Só não temos domínio prático e
teórico do processo.
DUAS COMPLEXIDADES A ATINGIR (e ultrapassar)
·
Atingir
e ultrapassar a humanidade;
·
Alcançar
e exceder o primeiro pós-humano:
1. Degrau zero (20 = 1,
equivalente aos humanos)
2. Degrau um [21 = 2; duas
vezes o corpo e duas vezes a mente daria (2 x 4 =) 4 vezes os humanos de
agoraqui];
3. Degrau dois (22 = 4);
4. Degrau n (2n =?)
DOIS
ULTRAPASSAMENTOS
·
Ultrapassamento
do corpo;
·
Ultrapassamento
da mente.
ULTRAPASSAMENTO
DO CORPO (em
relação às forças fundamentais, que no modelo são cinco, e aos excessos em
relação às médias ou condições normais)
·
Excessos
elétricos (habitando e funcionando em sobretensões elétricas);
·
Excessos
magnéticos (bloqueados contra descargas magnéticas, inclusive tempestades);
·
Excessos
fracos;
·
Excessos
fortes;
·
Excessos
gravinerciais (de gravidade/inércia, muitos G, enquanto acelerações extremas).
Corpos sujeitos a muitas atmosferas de
pressão, ao vácuo, à presença de bactérias e vírus, todo tipo de corpo, com
todo gênero de conformação. E aí vêm as mentes que vão lidar com esses corpos.
Como sabemos, há sentidinterpretadores, sentidos externos e interpretadores
internos, afinados uns com os outros. Para quê servirá o sentido da visão no
espaço? Em volta da Terra pode-se andar 100 mil km fácil sem uma única luz
interposta. Para quê gastar energia mantendo um S/I corpomental - o instrumento
externo de visão e o programa interno de interpretação ativos o tempo todo - se
ele não vai ser usado? Faria mais sentido (olha o troca-disso) ter um
mensurador de proximidade de massa, porque há muitos micrometeoritos correndo
soltos e uma “mão magnética” que à distância os pudesse afastar. A detecção de
tempestades solares faz diferença, porque elas podem torrar os instrumentos. Em
minas muito profundas não significará nada ter audição, mas detectores de
gradientes de gravidade sim, porque apontariam maiores densidades, o que pode
estar sendo procurado. Detectores externos de movimento pedem interpretadores
internos de movimento, aos quais estará acoplada preocupação equivalente. Luz, lá
sempre luz distante no espaço, significará tranqüilidade, mas movimentos
súbitos constituirão fonte intensa de preocupação.
Com certeza, quando os cibermestres
estiverem no espaço diante dos problemas acharão as soluções; porém, enquanto
não chegamos lá, enquanto estamos saindo do planeta já devemos levar alguma
coisa. Para desenhar esses NOVOS SERES, com novos sentidos e novos
interpretadores, novos corpos e novas mentes, precisamos fazer o exercício de
abandonar as velhas roupas mentais, nossos antigos hábitos terrestres (é
porisso que nos filmes de FC quase nunca há verdadeiros robôs: os magos e
artistas que os desenham não se separaram de suas inércias mentais).
Vitória, terça-feira, 15 de junho de
2004.
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