As Duas Burguesias
que Lula Atendeu e o Gênio Por Trás Deles Todos
No episódio do
salário mínimo desde maio/2004 que Lula aparentemente quis a 260 reais, quase
todos se puseram contra ele; sabemos que a Presidência, como quase tudo no
mundo, vive de aparências. Os “opositores”, inclusive deputados do governo do
PT, votaram “contra”, pelo SM de 275.
Vejamos que há duas
burguesias: a) a conservadora do presente, conservacionista que caminha para o
passado quando em superdoutrina, superafirmação da doutrina burguesa do passado
– aquela que é passadista, que superafirma o passado; b) a desenvolvedora do
presente, desenvolvimentista que caminha para o futuro quando em superdoutrina,
superafirmação da doutrina burguesa do futuro – aquela que é futurista, que superafirma
o futuro.
Se não houver sábia
administração ou centralização ou “governação” elas tendem a rachar, a
rebentar, a separar, com graves conseqüências para o seu poder sobre o povo.
Ora, nesses instantes deve aparecer um pelego-duplo, que sirva de baixo para
cima, da conservadora/conservacionista para a desenvolvedora/desenvolvimentista,
e vice-versa, de cima para baixo. Esse duplo-pelego é Lula e é o PT. Com o
episódio ele pareceu atender somente à burguesia C/C, mas também atendeu à
burguesia D/D, mantendo a união (C/C + D/D), quer dizer, a intocabilidade da
burguesia. Atendeu a ambas. Tal sabedoria não esperamos dele, porisso deve
haver um homem-real, um gênio criando nos bastidores. Este deve ser alguém que
não aparece muito, porque sendo conceitual não é da forma, e precisando pensar
não tem tempo para mostrar-se demasiadamente. Deve ser alguém relativamente
quieto, calado, simples a que TODOS ouvem e consultam.
Veja, quando se devam
atacar os que se colocam como inimigos, que são esses adversários que se
colocam em guerra real, ou os adversários, com os quais ainda é possível
diálogo, deve-se identificar esse gênio e afastá-lo, pois, ele é que dá
sustentação ao oposto. É ele que mantém subsistindo o forte do inimigo ou
adversário.
Vitória, segunda-feira,
21 de junho de 2004.
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