quinta-feira, 29 de junho de 2017


Os Primeiros e a Felicidade Anunciada

 

                            Na teoria de ondas do modelo tomei o ciclo como sendo de (4 x 7 =) 28 anos, depois me rendendo ao ciclo de 30 anos de Ravi Batra, porque a Terra não é o mundo-perfeito (= MUNDO-PLANETA, na Rede Cognata). Assim, abrem-se quatro faixas temporais de 7,5 anos (x 4 = 30,0), descendo uma de zero, no nascimento, até 7,5, outra mergulhando até os 15,0, outra avançando até os 22,5 e a quarta chegando aos trinta, em posições bem características, que têm uma nomenclatura toda especial.

                            Quando chegam os 7,5 mergulha-se nas chamas do conflito. Aos 11,25 começa a crucialidade inferior; aos 15,0 chega-se à zona da morte e aos 18,75 se sai da crucialidade inferior. Daí até mais 15,00, chegando aos 33,75, é só felicidade. Se tudo está zerado aos 18,75, os 3,75 anos a seguir somam 20 = 1, os seguintes 21 = 2, etc., até 23 = 8. Essa adição é de 1 + 2 + 4 + 8 = 15, que é muito por comparação com o 0 na saída da crucialidade inferior. Dos 30,00 aos 33,75 os problemas começam a se acumular, mas a PESSOA (indivíduo, família, grupo e empresa) não sabe ainda, está curtindo adoidado, parece que o mundo inteiro será dela. Está no auge. A faixa melhor é dos 22,50 aos 26,25, porque não se está em zero, mas já se acumulou bastante para contrastar com a faixa anterior – chamei a esses de “anos de ouro”, porque não há lembrança da infelicidade anterior e adiante está um céu de Brigadeiro e um mar de Almirante. Mas de 18,75 a 22,50 é bom também, é ótimo, ainda que não tão excelente quanto nos anos de depois.

                            Evidentemente fui o primeiro a saber de tudo isso e estando agora depois dos 48,75, aos 50 posso ver as coisas acontecendo depois dos 49. Entrementes, não posso voltar atrás para saber depois dos 19. Meu filho Gabriel, agora perto dos 18,75, e minha filha Clara, já com mais de 20, podem. São os primeiros humanos a vivenciarem essa situação. Antes não houve; e os de depois não serão os primeiros.

                            De modo que eles são os primeiros a terem a felicidade anunciada, o que certamente é um privilégio que ninguém mais terá, nem teve. São os primeiros, pelo menos nisso. Se não lhes leguei nenhuma posse material notável, exceto de livros e coisas da cultura, eis algo que eternamente será somente deles: terem sido os primeiros a saber.

                            Vitória, domingo, 20 de junho de 2004.

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