O Feijão de Hardy
HARDY PEGA CARONA EM WIENER (na Internet)
Publicada em 18/04/2001: O que se
pode fazer com a Matemática? Vejamos o que Norbert Wiener fez com... Freqüentemente nos
defrontamos com essa pergunta. Às vezes respondemos com paciência, outras com
irritação, e às vezes, em tom de brincadeira, dizemos que “a Matemática
serve para diferenciar o homem do chimpanzé”.
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O ORGULHO postumamente ferido DE HARDY
O matemático inglês Hardy, grande
especialista em Teoria dos Números, orgulhava-se, em 1940, de que
"nenhuma descoberta sua havia feito, nem provavelmente viria a fazer,
direta ou indiretamente, alguma diferença para o conforto da
humanidade".
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TODAVIA HARDY ATRAI (na Internet, em espanhol)
La obra de G.H. Hardy A
Mathematician's Apology fue publicada por vez primera en 1940, cuando se
empezaba a presentir la Segunda Guerra Mundial. Han pasado 60 años y las
ideas que Hardy expone en su obra siguen ejerciendo una atracción especial,
tanto para matemáticos como para quienes no lo son.
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Já escrevi sobre ele
no Livro 46, O Sonho e o Pesadelo de
Hardy. Em extremo, Hardy é um gênero de solipsismo (no Aurélio Século XXI digital, S. m. 1. Filos. Doutrina segundo a qual a única realidade no
mundo é o eu: no caso, o eu-Hardy), ou seja, para quê servem os outros? Mais
extremadamente ainda, já que ELI (Natureza/Deus, Ela/Ele), posto no não-finito,
tudo sabe e tudo pode ver, para quê a liberdade é atribuída?
Evidentemente, Hardy
é um desses que aspiram “ver a mente de Deus”, quer dizer, compreender o
universo sem passar pela carga de vivências, pelo contrário, vivendo unicamente
no “puro”, no completamente abstrato. Que feijões-alimento e obras gerais
humanas tão simplórias teriam alimentado o fazer de Hardy e de outros como ele
que, achando-se tão altos, deprimem todos os outros fazeres com julgamentos
desse estilo? Será que essa gente não aprende nada?
A questão é que o
pensar dele se espalha na Matemática e atinge os remotos feudos do
processamento, contaminando a uns e outros de distâncias em relação aos humanos
“inferiores”, isto é, os que não fazem Matemática, nem tem o dom de entendê-la,
mesmo que sem fazê-la.
Ai, ai, é tão
depressiva essa gente.
Vitória,
terça-feira, 22 de junho de 2004.
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