Ilusões do Pensamento
e Ilusões de Ótica
Um professor da UFES
colocou que ilusões de ótica não são ilusões do pensamento.
Vejamos o que o modelo tem a dizer. O
modelo nos mostra que não há apenas sentidos e sim sentidinterpretadores, isto
é, órgãos externos dos sentidos que levam mensagens à mente ou gerador de autoprogramas,
que então interpreta com base em todas as suas experiências passadas, nos
problemas atuais e nas expectativas de futuro. TODA PERCEPÇÃO é soma de
passado, presente e futuro.
As “ilusões de ótica”
não são de ótica, realmente, não são físico/químicas, nem somente
biológicas/p.2 e sim principalmente psicológicas/p.3. SÃO ILUSÕES RACIONAIS, do
pensamento, porque o que reflete sobre o meramente F/Q e B/p.2 é o P/p.3, isto
é, É A RAZÃO QUE RACIOCINA. Aparelhos óticos não têm ilusões, têm aberrações,
cromáticas e outras. Uma lente não tem ilusão, ela reflete bem ou mal, isto é,
sem ou com distorções. Assim sendo, ilusões humanas são sempre racionalizações,
são adaptações do que é visto ÀS EXPECTATIVAS, são acomodações ao que está
sendo esperado. O fato de que todos que são submetidos às experiências
apresentam sempre as mesmas interpretações deveria nos dizer que todos os seres
humanos são propensos a elas, quer dizer, é da construção mesmo que assim seja
– todos os seres humanos precisam pensar daquele modo.
Desse modo, EM
RACIONAIS as ilusões são sempre do pensamento, distorções da lógica
transformada ou adaptada para ser lógica-humana, isto é, acomodada à construção
da humanidade, diminuída de sua pureza celestial para ser psicológica-humana.
Ilusões ditas “de lógica” são ilusões do pensamento humano. Assim como Zenão
mostrou com as impropriedades apontadas que pensamentos mais altos deviam
corrigir as distorções aparentes (o que matemáticos e o físico britânico
Stephen Hawking fizeram muito adiante), no caso das falsas ilusões de ótica
também estamos à espera de uma psicologia melhor, apoiada numa biologia melhor.
E se não ultrapassamos o apontamento de uma falsa ilusão ótica é porque as duas
disciplinas ainda deixam a desejar.
Vitória, domingo, 20
de junho de 2004.
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