quarta-feira, 28 de junho de 2017


Brizola, Arraes e a Herança que Ninguém Quer

 

BRIZOLA NA Internet: Leonel de Moura Brizola Perfil escrito por Darcy Ribeiro

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

ARRAES NA BARSA DIGITAL 1999:

O nome de Miguel Arraes está intimamente associado aos movimentos populares das décadas de 1950 e 1960 em Pernambuco. Político identificado com os partidos de esquerda, sua atuação caracterizou-se pelo apoio à organização da classe trabalhadora naquele estado. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            ARRAES NA Internet

Político cearense com atuação marcante em Pernambuco (16/12/1917-). Miguel Arraes de Alencar nasce em Araripe, no Ceará, sétimo filho e único homem de uma família de pequenos agricultores. Em 1932 conclui o curso secundário em sua cidade natal e, em seguida, vai para o Rio de Janeiro estudar direito. Com dificuldades para se manter na cidade, presta concurso para o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) no Recife, Pernambuco.

                            Miguel Arraes nasceu em 1916 e está vivo, em 2004 chegando perto dos 90 anos; Leonel Brizola nasceu em 1922 e morreu hoje, 22.06.2004, com 82 anos.

                            Ambos foram líderes históricos da revolução fracassada de 1963/1964, que os militares venceram e deram o nome chocante e debochado de Revolução de 64, o golpe de primeiro de abril que recuaram a 31 de março, comemorando todo ano a data da Redentora.

                            Um e de outro deixaram na minha mente a imagem de gente fugindo de suas responsabilidades, abandonando milhões dos quais, dizem, 70 mil morreram em virtudes de sua tibieza (no Aurélio Século XXI digital: S. f. 1. Qualidade de tíbio. 2. Fraqueza, debilidade. 3. Frouxidão, indolência.) moral. E de outros, entre os quais Jango, João Goulart - todos fugitivos. Dizem até que Brizola se disfarçou de mulher, depois de ter montado os “Grupos dos 11”, células de onde sairiam focos revolucionários. Tolice, medo, covardia (medo não vencido) e fuga.

                            Eles deixam uma herança, sim, que ninguém quer, fora os que deram a eles status de semideuses impuros. Com suas mortes se encerrará um triste passado brasileiro, que todos nós deveríamos esquecer: o Brasil que iria com estertores de dignidade e decência parir uma montanha e pariu um rato – um antianúncio vergonhoso aos olhos do mundo.

                            Vitória, terça-feira, 22 de junho de 2004.

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