As Árvores que
Pariram os Ovos de Baleia
Às sextas-feiras
passa no AXN - canal americano traduzido e reemitido pela NET - o seriado de
que gosto muito Andrômeda, com Kevin
Korbo (que já fez Hércules). No
episódio que vi aos pedaços dia 18/06/2004 uma mulher é infectada por ovos de
magogs (de que o Rev, um desses monstros horrorosos, é o pregador arrependido que
venera o “divino” = DEUS, na Rede Cognata). São espécies diferentes, humanos e
magogs, provavelmente incompatíveis e mutuamente venenosos. Veja que na Terra, sendo
todos nós descendentes do mesmo ADRN ancestral, comermos certas coisas vegetais
e animais faz-nos adoecer – imagine vidas que se desenvolveram baseadas em
ADRN’s completamente distintos.
Daí o título acima,
em que nada bate com nada.
Mulheres
humanas gerarem magogs seria como árvores chocarem ovos de baleias (que,
ademais, são mamíferos e tem os filhos já grandes, relativamente prontos, que
mamam).
O fato é que os
magos e artistas que elaboram os roteiros dos filmes de FC e fantasia que nos
divertem têm pouca ou nenhuma consideração. Porém já foi pior, muito pior. O
fato de agora ser melhor e muito melhor não quer dizer que já seja bom, de
maneira alguma, especialmente quando orçamentos tão grandes estão envolvidos
(do mesmo modo nos esportes – cartolas e jogadores deveriam ter maior respeito
com as torcidas). Eles deveriam pesquisar em todo o Conhecimento (não somente
na Magia/Arte, mas também na Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática), contratando gente, mantendo grupos de
consultores, lendo livros, se interessando. Afinal de contas do outro lado da
tela estamos nós e entre nós podem estar pessoas com grande especialização. O
preço que (coletivamente) pagamos não é pequeno, é de milhões e até centenas de
milhões (o Tróia, com Brad Pitt, que
está passando nos cinemas custou mais de 250 milhões de dólares, tanto quanto
uma GRANDE empresa; no entanto, distorceu completamente Homero).
Tão grandes recursos
e a expectativa de que as séries sejam vistas muitas décadas no futuro não
falam de mais cuidados? Afinal de contas, tantas crianças estão estudando
biologia que mais cedo ou mais tarde vão começar a pensar que as árvores
parirem baleias não está certo.
Vitória, sábado, 19
de junho de 2004.
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