terça-feira, 27 de junho de 2017


As Árvores que Pariram os Ovos de Baleia

 

                            Às sextas-feiras passa no AXN - canal americano traduzido e reemitido pela NET - o seriado de que gosto muito Andrômeda, com Kevin Korbo (que já fez Hércules). No episódio que vi aos pedaços dia 18/06/2004 uma mulher é infectada por ovos de magogs (de que o Rev, um desses monstros horrorosos, é o pregador arrependido que venera o “divino” = DEUS, na Rede Cognata). São espécies diferentes, humanos e magogs, provavelmente incompatíveis e mutuamente venenosos. Veja que na Terra, sendo todos nós descendentes do mesmo ADRN ancestral, comermos certas coisas vegetais e animais faz-nos adoecer – imagine vidas que se desenvolveram baseadas em ADRN’s completamente distintos.

                            Daí o título acima, em que nada bate com nada.

                            Mulheres humanas gerarem magogs seria como árvores chocarem ovos de baleias (que, ademais, são mamíferos e tem os filhos já grandes, relativamente prontos, que mamam).

                            O fato é que os magos e artistas que elaboram os roteiros dos filmes de FC e fantasia que nos divertem têm pouca ou nenhuma consideração. Porém já foi pior, muito pior. O fato de agora ser melhor e muito melhor não quer dizer que já seja bom, de maneira alguma, especialmente quando orçamentos tão grandes estão envolvidos (do mesmo modo nos esportes – cartolas e jogadores deveriam ter maior respeito com as torcidas). Eles deveriam pesquisar em todo o Conhecimento (não somente na Magia/Arte, mas também na Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), contratando gente, mantendo grupos de consultores, lendo livros, se interessando. Afinal de contas do outro lado da tela estamos nós e entre nós podem estar pessoas com grande especialização. O preço que (coletivamente) pagamos não é pequeno, é de milhões e até centenas de milhões (o Tróia, com Brad Pitt, que está passando nos cinemas custou mais de 250 milhões de dólares, tanto quanto uma GRANDE empresa; no entanto, distorceu completamente Homero).

                            Tão grandes recursos e a expectativa de que as séries sejam vistas muitas décadas no futuro não falam de mais cuidados? Afinal de contas, tantas crianças estão estudando biologia que mais cedo ou mais tarde vão começar a pensar que as árvores parirem baleias não está certo.

                            Vitória, sábado, 19 de junho de 2004.

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