quarta-feira, 28 de junho de 2017


Justiça Humana e Justiça

 

Li de passagem a frase construída “justiça e justiça divina”, como se a segunda fosse alcunha da primeira, a única supostamente existente, como se “divina” fosse sobrenome de justiça, como se a justiça divina fosse uma seção, uma fração da justiça.

Devemos zelar pela lógica-dialética, a dialógica, como forma de empenho geral em harmonizar as manifestações todas, quando isso for possível, depois de muito trabalho, inclusive da Inteligência artificial situada fora de nós, na MICA artificial (memória artificial, inteligência artificial e controle artificial).

COPIADO DE ‘DEUS NA NATUREZA’ (e modificado)

Deus em cima com os modelos perfeitíssimos, nunca copiados em condição de perfeição.
NO INTERIOR (impalpável).
De baixo para cima o fosso é intransponível.
Natureza em baixo, sempre produzindo em erro, mesmo na situação mais extrema – sempre degenerando, enferrujando, morrendo, terminando.
NO EXTERIOR (palpável).

Então, já que Deus é o elemento subsistente e não-finito do par polar oposto-complementar, DEVEMOS CONCLUIR, pela dialógica, que Deus é maior (não-finitamente maior) e que é o maior que contém o menor, a totalidade que contém as partes – deduz-se disso que JUSTIÇA é justiça divina e só existe verdadeiramente ela, que diremos simplesmente Justiça, do outro lado ficando qualquer fragmento, por exemplo, justiça humana, justiça racional, justiça super-racional e assim por diante.

Já que Deus contém todas as potências, contém A Verdade, é a própria A Verdade e só ele pode administrar justiça totalmente equilibrada, sem preferências por A ou B, somente pelos fatos e a transparência deles.

Assim sendo, aquela frase criada é tola, mais que inexpressiva, é inexpressão, incorreção, devendo ser desprezada, valendo o título.

Vitória, quarta-feira, 28 de junho de 2017.

GAVA.

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