quinta-feira, 29 de junho de 2017


A Catedral de Florêncio

 

                            FFGFº, professor-doutor de matemática na UFES, disse que para ele a Matemática geral é como a construção de uma grande catedral: cada humano vai lá e coloca um tijolo, às vezes uma pastilha e todo o colorido vai por conta do coletivo (humano, sempre). É uma bonita imagem.

                            AS CATEDRAIS MATERIAIS (na Barsa Digital 1999)

Os reis, para contrapor-se à arrogância dos senhores feudais; os bispos, para enfrentar o poder dos monges; e o povo, por desejar um espaço religioso mais participativo que os fechados mosteiros medievais, constituíram no século XII o trio de forças que possibilitou a construção das catedrais. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            Parece que há uma mágoa na Matemática quanto a Deus (ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele), porque aos matemáticos parece terem feito muito, dado que 100 mil teoremas são publicados a cada ano, em nossos dias; eles não sabem quão longe estão da integração e muito mais da total integração, dos mundos construídos, dos transcendentais abertos e tantas coisas mais.

                            Ficam aflitos com o Grande Arquiengenheiro (para não dizer Grande Arquiteto) e o Grande Geo-Algebrista (para não falar Grande Geômetra) que, tendo feito os planos e se ausentado, não reaparece para ver a colocação dos tijolinhos e das pastilhas.

                            Sim, é bonito o esforço, mas visto de perto estão faltando muitas partes e outras estão mal-colocadas, de modo que fica parecendo matemática-frankestein: anda, é verdade, porém dificilmente alegra as vistas e só com grande constrangimento a “papai” os pais irão responder com gosto “meu filho”.

                            Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

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