Política em
Quadrinhos
Como
no artigo A Ditadura da Palavras vi
que o povo precisa ser libertado do excesso delas, de sua superpresença, vejo
agora que as imagens são olhadas de dois modos: a) pela semelhança, b) pela
dessemelhança ou desigualdade ou contraste ou expectativa ou pergunta.
Pelo
lado das semelhanças ou das estaticodinâmicas ou mecânicas ela é parte de uma
classe-de-objetos, por exemplo, dos carros, dos queijos, dos termômetros, dos
arcômetros (medidores de arcos, que não existem; mas você poderia pensar na
reunião de um medidor de raios, radiômetro, que seria meramente um metro numa
linha, com um angulômetro, medidor de ângulos, ou goniômetro, que tem o mesmo
significado, comumente chamado de “transferidor”, que transfere. Como arcômetros
não foram feitos ainda, quando uma pessoa vir um não vai saber dizer o que é
porque não tem dele classe ou semelhança). Olhamos aqui o que é geral, sem
atentar para detalhes.
Pelo
lado das diferenças, há a distância ou distanciamento ou estranheza, que faz a
pessoa olhar as particularidades.
Usando
fotografias, desenhos, pinturas pode-se explicitar as linhas ideológicas ou
partidárias, falando-se dos partidos e sua hierarquia, financiamento de
política, votos, coligações, Justiça Eleitoral, contagem de votos, fiscais dos
partidos, eleições, etc., mas reduzindo o potencial das imagens. Como dizem que
cada imagem vale mil palavras deve-se reduzir a imagens, então, a umas tantas
coisas perceptíveis, o que pode ser feito pelo desenho de estórias em quadrinhos,
expondo completamente a política ao povo. Assim como pretendemos fazer com o
Dicionário 800, colocando 800 palavras ao alcance do povo, podemos escolher 200
categorias ideológicas que o povo possa dominar absoluta e totalmente. Como
para o D/800, do lado esquerdo o desenho, do lado direito a definição
ideológica. E então estórias legais da política, desnudando essa farsa
democrática das votações e pseudo-escolhas.
Vitória,
sábado, 24 de abril de 2004.
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