sexta-feira, 30 de junho de 2017


Como Pudemos Saber que Douglas Salomão é um Idiota

 

                            Nos outdoors de Jardim da Penha, Vitória, ES, na semana que está passando em torno de 28/06 um certo personagem “Douglas Salomão” (pode ser alguém inventado, daí as aspas) escreveu: “meus olhos olham as coisas sem minha permissão”, com certeza com o intuito de afirmar a projeção dos outdoors, que as pessoas supostamente vêem mesmo se não desejam ver. E é isso que estaremos estudando agoraqui.

                            Como sabemos do modelo, há sentidinterpretadores, sentidos-interpretadores, sentidos externos e interpretadores internos, conjunto S/I externinterno. Os olhos são máquinas, o programa está dentro, juntos fazem o programáquina OLHO INTERNO e OLHO EXTERNO. Para cada cor de fora existe uma cor-de-dentro, uma INTERPRETAÇÃO DO QUE SEJA COR, um acordo de média, como já mostrei.

                            Temos do lado de fora corpo e cérebro, do lado de dentro mente e gerador de autoprogramas (GAP), um gerador chamado EU que gera programas-de-visão, entre outros; se a pessoa bebe, o PDV (programa-de-visão) embaça, pois não vamos imaginar que os olhos sejam prejudicados (eles se consertariam sozinhos, depois?). O programa interpretador interno ilude, embaça, tropeça na sua capacidade interpretativa, porque houve subtração de linhas do programa pelo álcool que interage. A pessoa já não vê como via antes. Quando o programa se repara volta a interpretar corretamente.

                            Então, ao contrário do quê diz DS, na realidade PRINCIPALMENTE é a pessoa que deseja ver; os olhos externos são apenas conduzidos. Todo mundo olha para onde quer olhar. Isso, e só isso. Mesmo quando parece que não queremos olhar ainda há no automatismo um querer tranqüilo – pois, se desejássemos, manteríamos a cabeça baixa. A pessoa vê PORQUE quer ver. O interpretador do interpretador, o EU-que-vê deseja ver; é a vontade imperiosa que conduz. Há, mais recuado que a utilidade-de-ver - que fez esse interpretador ser uma região do cérebro com um GAP-de-visão – uma vontade de ver, o EU. Estará DS possuído, para não ter vontade própria? É o que pensaríamos. E se não fosse isso, ele não saberia do que está falando, porisso seria um idiota. Como ele diz “meus”, exerce a vontade, não está possuído; deve desconhecer – e foi assim que pudemos saber que DS é um idiota. Pelo menos nisso.

                            Vitória, quarta-feira, 30 de junho de 2004.

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