quarta-feira, 28 de junho de 2017


As Montanhas Jovens e a Taxa de Formação

 

                            Continuando a busca pelo petróleo e o gás, vejamos os dois crátons, a saber, o Planalto Brasileiro e o Planalto das Guianas caminhando para formar na Placa da América do Sul que monta na Placa de Nazca os Andes. Onde estão os lagos que o texto do Livro 74, O Corredor Canadense e o que os Lagos Denunciam, pediu? Na América do Sul estão ausentes, exceto pelo Titicaca no alto dos morros e, olhando direitinho, na baixada mato-grossense o grande lago-Pantanal ainda presente em nossos dias, mais nos períodos de chuvas intensas, e no Rio Grande do Sul, Brasil, a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim, que são de construção recente.

                            Pensando na linha de frente que nos Andes está sendo construída, vejamos que a Placa de Nazca desce por debaixo da outra, afundando no manto quentíssimo, aonde vai derretendo; a taxa de formação na ponta é zero, porque as montanhas que existem são o resultado da soma zero das tensões. As que estão sendo formadas estão atrás da frente, para o lado do Leste, nos vários países. Mais jovens, emergentes, são as do Leste, mais velhas as do oeste dos Andes. Se haviam páleo-lagos ao leste dos Andes estão quase todos desaparecidos. Os do Canadá e dos EUA são jovens, ainda estão vivos, mas os da A.S. são antigos, estão todos mortos e enterrados. Esses páleo-lagos devem ser buscados porque, como fonte de água, eram visitados pela vida antiga, a páleo-vida, motivo de pesquisa dos paleontólogos. Na A.S. foram todos levantados e aos poucos foram secando e desaparecendo irremediavelmente. Mas antes disso conservaram depósitos de sal e restos de vida marinha, depois de terra e água doce, mostrando seqüencialmente os retratos temporais da Terra. Deviam ser milhares, porisso a riqueza de depósitos de todo tipo, inorgânicos e orgânicos, serão muito grandes, facilitando estimar o andar da carruagem da evolução na A.S.

                            Quando às montanhas, depois da primeira fileira, para leste elas depositaram terra que desceu com as chuvas e o derretimento da neve; os depósitos nos vales darão as idades progressivas: quanto mais para leste menos profundos serão porque mais jovens as montanhas. Esses gradientes darão as velocidades locais de formação das retaguardas e por conseqüência o ritmo de afundamento no manto. Com isso o gasto de energia na termomecânica da Terra.

                            Vitória, quarta-feira, 16 de junho de 2004.

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