A Linguagem que
Purifica o Pensamento e a Desobstrução do Mundo da Forma
UMA
POBRE VERSÃO
(ainda que longa; depois que vi no modelo, tudo parece pobre, gaze cobrindo o
que seria sem ela nudez) NA BARSA
DIGITAL 1999 (compactado e corrigido pelo Word Windows)
O mundo moderno é, sem dúvida,
dominado pela ciência e pela tecnologia e por isso se explica, em boa medida,
pela matemática. A história da ciência revela que as várias disciplinas
aplicadas se valem cada vez mais dos procedimentos matemáticos e estes, em
contrapartida, se inspiram em questões trazidas pela prática para progredir.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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Como é sabido, no modelo a Matemática
é Geometria de campos ou inequações ou desigualdades e Álgebra de equações ou
partículas ou igualdades, no centro geometrialgébrica ou GA, que se subdivide
nos tantos ramos, como já coloquei.
É a Matemática centro do Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica) e tanto
mais longe da está perfeição um mundo racional quanto mais desconhece isso. É
língua, a Língua mesmo, e linguagem quando nos mundos racionais decai a
compreensão parcial ou aplicada.
A Matemática é destinada a suprimir o
mundo da forma de suas expressões fenomênicas avassaladoras ou opressoras, quer
dizer, de toda a chocante pressão da visão, do tato, da audição, do olfato e do
paladar que tende a impedir que vejamos as idéias puras. Todos poderiam chegar
a ela, mas só chegarão de fato os que abstraírem de si para se tornarem o
não-ser. Assim, ser-matemático é não ser das formas, das expressões sucessivas,
e é somente porisso mesmo que os matemáticos parecem alheados – isso não deve
ser confundido com alienação, o distanciamento de si, pois os matemáticos
penetram em outro nível do Ser. É um outro estágio, sem dúvida alguma.
Assim, aprender Matemática é sair do
mundo da forma, é ver a mente liberada dos excessos das pressões dos sentidos,
cujas respostas são notavelmente rápidas – mal se tem uma visão e isso já
implica numa resposta, uma lembrança. Essa des-obstrução corresponde a um
INTERIOR/AÇÃO (para criar tal palavra), o ato permanente de interiorizar.
Vitória, terça-feira, 22 de junho de
2004.
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