A Restauração do
Guerreiro
Vi notícia de que,
pelo menos em Jardim da Penha, Vitória, ES, os companheiros antigos é que mais batem
nas mulheres, mais de 60 %. De qualquer modo espancar mulheres e crianças é
horrível, é um dos índices mais depressivos da des-humanidade.
Antes que algum
idiota avance a hipótese devo dizer que não estou justificando, de modo algum, entretanto
é o caso de não só evitar o negativo como instrumentar o positivo. Neste caso,
o Modelo da Caverna diz que saímos espaçotempo dos homens (machos e
pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras para
um mundo de assentamentos no qual as mulheres, postas na relação monogâmica,
querendo assegurar depois da coleta de esperma a manutenção de si e dos filhos
e filhas pelo futuro todo, procuraram engordar ou cevar os homens, através de
administrações de cereais e de toda gordura que aumenta o peso relativamente à
massa muscular, evitando doravante dos guerreiros suas saídas (para caça e
OUTROS depósitos de esperma). Isso levou a um punhado de aborrecimentos e à
contenção, que vai se acumulando irremediavelmente, até que um dia derrama ou
vaza. Tal vazamento não se dá apenas com a pancadaria e sim com toda forma de
tumulto cujo centro seja o homem destemperado. Evidentemente, como nem todos
tem autocontrole a maior parte perde as estribeiras, desorienta-se, até porque
não há, para a grande maioria, ajuda psicológica profissional (ou amadora, fora
a dos padres). O resultado é esse descalabro.
Uma solução larga,
alta e profunda seria a RECONSTRUÇÃO DO GUERREIRO, de sua personalidade-forte,
que possa vazar através de catarse, como a solução dos videogames que se
encontrou para os jovens e adolescentes. Uma forma parecida de violência
simbólica que responde aos antigos instintos enquanto eles não são (se é útil
serem) descartados. E, de todo jeito, a reconstrução da forma, por exemplo, do
corpo, tirando o excesso de gordura, devolvendo a autoestima, seria muito boa.
Tudo isso deveria ser planejado pelos governempresas. É claro que quem faz é
culpado de si, 50 %, porém o modelo me ensinou a ser cuidadoso e
não-unilateral, pelo menos bilateral, talvez multilateral, pois há nuances.
Assim, pelo menos 50 % pertencem ao coletivo, que deve ensinar e conduzir. Essa
RG é equivalente a restaurar os casamentos, não só em favor de pais e mães
como, principalmente, em favor dos filhos.
Vitória,
quinta-feira, 24 de junho de 2004.
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