terça-feira, 6 de junho de 2017


Objetos Voadores Neo-Identificáveis

 

                            A gente ainda vê esses aviões de dois bilhões de dólares (metade do PIB de um país pequeno) com surpresa inexcedível, mas para mim não passam de coisas atrasadas, desde que pensei ser desnecessário enviar seres humanos. Quando Santos Dumont descobriu a aviação em 1906 a mente que levava o avião era humana e foi assim por esses 100 anos, mas agora não precisa mais ser, pelo menos não de perto, ou segurando os instrumentos no raio da cabine. De fato, podemos ter “aviônica embarcada”, quer dizer, a eletroeletrônica concernente à dirigibilidade do avião de altíssima tecnociência toda miniaturizada e sem qualquer presença humana.

O QUE COLOCAR NO AVIÃO? (Ou em qualquer programáquina de guerra?)

·        O programáquina defensivo (ou ofensivo);

·        O motor que o leva (porque, custando pouco mais que a bomba o avião não precisa voltar).

O PROGRAMÁQUINA

a) A máquina (a máquina é inerte, é a vontade por trás dela que a leva e a traz, se for o caso – neste caso não é mais);

b) O programa (ofensivo ou defensivo).

São dois desenvolvimentos diferentes e competitivos, quer dizer, multiplicativos: se dobrar a capacidade de uma e a capacidade do outro no conjunto multiplica por quatro, de modo que é preciso entregar a produção deles a entidades competitivas, quer dizer, CONTRATADAS OPOSITIVAS, empresas em competição exclusiva, ou fica uma ou fica outra (ou seja, ou uma ou outra recebe a encomenda, mas não as duas).

Veja que coloquei motor separado, pois o P/M é a parte externa condutora do avião, a carcaça do motor, sendo este apenas o impulsionador, a energia, um terceiro elemento composto competitivamente com os dois acima. Porque o motor é o que desloca em flecha, o P/M é o que diz qual o sentido e direção de tal flecha. Não precisamos mais de muitos cuidados ao levar, porque não vai nenhum humano que deve ser preservado, nem máquinas caras, são apenas bombas voadoras.

A DILATAÇÃO QUE A MÁQUINA PERMITE (se não há ser humano dentro, se a humanidade condutora ficou na retaguarda)

·        Maiores acelerações e pressões;

·        Largo espectro de temperatura (negativas e positivas Celsius);

·        Sem oxigênio e outras condições de preservação da vida em carbono;

·        Maiores alturas e profundidades (o avião poderia viajar até a beira da praia do país-destino, subir ao ar e ir ao alvo);

·        Velocidades que seriam extremas para os seres humanos;

·        Nenhuns prejudicados na retaguarda (amigos, família, colegas, etc.);

·        Produção em série muito mais rápida e descuidada;

·        Desenhos utilitários e uma lista grande que não vou fazer questão de dar - vá pensar um pouco.

Em resumo, tudo de agoraqui começa já a me parecer completamente tolo, podendo-se considerar o “avançado” nível de hoje como primitivo. É um tema interessante. Aliás, é legal como pessoas que nem de longe estão envolvidas com guerras e esse tipo de atividade odiosa podem ter as melhores idéias para implementá-las.

                            Vitória, quinta-feira, 01 de abril de 2004.

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