O Bolso de
Brasileirinho
Falando do bolso,
quer dizer, das finanças de Brasileirinho como se fosse de um personagem, à
Jeca Tatu, de Monteiro Lobato. Seria preciso entregar o desenvolvimento da
figura a um grupo de tecnartistas criadores, embora possamos dar palpites sobre
o que queremos. Isto, é claro, se o Brasileirinho de Bolso se desenvolver a
ponto de se tornar uma empresa editorial respeitada e ampla.
“Bolso de
Brasileirinho” seria então um programa de socioeconomia amplamente disseminado,
nacionalmente exposto, para dar conselhos e ensinar aplicações dos parcos
recursos do povo e dos trabalhadores: a) compra de lote e construção de casa;
b) procurar o PROCOM, c) comprar máquina de locomoção (moto, carro, etc.) e o
que mais for possível expor SOB A ÓTICA DOS DESPOSSUÍDOS. Por si mesma a
empresa tende a ficar grande, imensa, luxuosa, poderosa; porque, embora do
povo, não precisa se mostrar pobre e insuficiente. Ambientes simples,
despojados, mas nem porisso menos elegantes; limpos, econômicos no uso de
espaço e tempo, perfeitos, extremamente eficientes, com idéia de missão,
destino e alvo, mirando a solução dos conflitos com a burguesia. Daí pode sair
toda uma mídia (jornal, livros, revistas, rádio, Internet e TV), pois se trata
de metade da população, um alvo imenso.
Um punhado de
revolucionários e um punhado de burocratas confucianos eficientes em dar base
aos outros, criando essa REVOLUÇÃO EFICIENTE que pretendo. E tudo isso no
enquadramento burguês, sem que as elites possam dizer nada – tendo que ficar
caladinhas.
Daí daremos voz aos
populares.
De uma semente tão
pequena uma árvore tão grande.
Vitória,
quarta-feira, 28 de abril de 2004.
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