quarta-feira, 14 de junho de 2017


O Bolso de Brasileirinho


 

                            Falando do bolso, quer dizer, das finanças de Brasileirinho como se fosse de um personagem, à Jeca Tatu, de Monteiro Lobato. Seria preciso entregar o desenvolvimento da figura a um grupo de tecnartistas criadores, embora possamos dar palpites sobre o que queremos. Isto, é claro, se o Brasileirinho de Bolso se desenvolver a ponto de se tornar uma empresa editorial respeitada e ampla.

                            “Bolso de Brasileirinho” seria então um programa de socioeconomia amplamente disseminado, nacionalmente exposto, para dar conselhos e ensinar aplicações dos parcos recursos do povo e dos trabalhadores: a) compra de lote e construção de casa; b) procurar o PROCOM, c) comprar máquina de locomoção (moto, carro, etc.) e o que mais for possível expor SOB A ÓTICA DOS DESPOSSUÍDOS. Por si mesma a empresa tende a ficar grande, imensa, luxuosa, poderosa; porque, embora do povo, não precisa se mostrar pobre e insuficiente. Ambientes simples, despojados, mas nem porisso menos elegantes; limpos, econômicos no uso de espaço e tempo, perfeitos, extremamente eficientes, com idéia de missão, destino e alvo, mirando a solução dos conflitos com a burguesia. Daí pode sair toda uma mídia (jornal, livros, revistas, rádio, Internet e TV), pois se trata de metade da população, um alvo imenso.

                            Um punhado de revolucionários e um punhado de burocratas confucianos eficientes em dar base aos outros, criando essa REVOLUÇÃO EFICIENTE que pretendo. E tudo isso no enquadramento burguês, sem que as elites possam dizer nada – tendo que ficar caladinhas.

                            Daí daremos voz aos populares.

                            De uma semente tão pequena uma árvore tão grande.

                            Vitória, quarta-feira, 28 de abril de 2004.

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