quarta-feira, 14 de junho de 2017


Museu da Complexidade


 

                            Semana passada o Discovery exibiu o programa QM2 (Queen Mary II) o Renascer de uma Lenda em que mostrou a construção do espantoso navio. Dava para ver que era complexo, mas a complexidade não foi abordada em si mesma, como uma árvore que juntava milhares de folhas nos ramos, estes nos galhos que iriam pelo tronco da reunião dar nas raízes do serviços, ou o contrário.

                            Teriam de pegar cada folha, mostrando-as seqüencialmente, uma após a outra, todas no mesmo plano temporal do fazer, nos vários espaços (e aí remetendo a outras complexidades passadas). No plano seguinte, talvez algumas semanas, a estudar, já seriam mostradas aquelas folhas-compostas, juntadas a outras, em objetos mais complexos, e assim por diante até chegar no navio operacional andando no mar. Seria programa que consumiria muitas horas, mas não é para exibição senão numa versão muito condensada, servindo de fato à pedagogia.

                            O mesmo poderia ser feitos para aviões, estações espaciais, laboratórios, fábricas, computadores especiais e tantos composições contemporâneas extraordinariamente complexas. Tal visão da complexidade, num museu estabelecido para tal, daria a altíssima ordem de complexidade da civilização atual, inclusive mostrando os governos e as empresas, instruindo os novos mandatários e os novos empresários sobre as dimensões próprias das construções recentes.

                            O museu poderia usar vários recursos:

·        Palestras, debates, congressos – com gente falando;

·        Mostras, shows e exposições;

·        CD’s, DVD’s, fitas, projeções em telas;

·        Desenhos em paredes, pinturas, fotografias, revistas em quadrinhos, etc.

Tudo isso com o objetivo de preparar os futuros dirigentes nos governempresas para suas tarefas, cuja complexidade só tende a crescer: pelo menos eles fariam uma idéia, ainda que vaga, do que topariam pela frente e poderiam se preparar para esse enfrentamento com muito maior agudeza e atenção.
Vitória, sábado, 24 de abril de 2004.

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