Museu da
Complexidade
Semana passada o
Discovery exibiu o programa QM2 (Queen
Mary II) o Renascer de uma Lenda em que mostrou a construção do espantoso
navio. Dava para ver que era complexo, mas a complexidade não foi abordada em
si mesma, como uma árvore que juntava milhares de folhas nos ramos, estes nos
galhos que iriam pelo tronco da reunião dar nas raízes do serviços, ou o
contrário.
Teriam de pegar cada
folha, mostrando-as seqüencialmente, uma após a outra, todas no mesmo plano
temporal do fazer, nos vários espaços (e aí remetendo a outras complexidades
passadas). No plano seguinte, talvez algumas semanas, a estudar, já seriam
mostradas aquelas folhas-compostas, juntadas a outras, em objetos mais
complexos, e assim por diante até chegar no navio operacional andando no mar.
Seria programa que consumiria muitas horas, mas não é para exibição senão numa
versão muito condensada, servindo de fato à pedagogia.
O mesmo poderia ser
feitos para aviões, estações espaciais, laboratórios, fábricas, computadores
especiais e tantos composições contemporâneas extraordinariamente complexas.
Tal visão da complexidade, num museu estabelecido para tal, daria a altíssima
ordem de complexidade da civilização atual, inclusive mostrando os governos e
as empresas, instruindo os novos mandatários e os novos empresários sobre as
dimensões próprias das construções recentes.
O museu poderia usar
vários recursos:
·
Palestras, debates, congressos – com gente
falando;
·
Mostras, shows e exposições;
·
CD’s, DVD’s, fitas, projeções em telas;
·
Desenhos em paredes, pinturas, fotografias,
revistas em quadrinhos, etc.
Tudo isso com o objetivo de preparar
os futuros dirigentes nos governempresas para suas tarefas, cuja complexidade
só tende a crescer: pelo menos eles fariam uma idéia, ainda que vaga, do que
topariam pela frente e poderiam se preparar para esse enfrentamento com muito
maior agudeza e atenção.
Vitória,
sábado, 24 de abril de 2004.
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