terça-feira, 6 de junho de 2017


Meteoritos no Balde

 

                            Você sabe, aquela coisa do balde rotacional inercial que substitui a esfera gravitacional, podendo-se ver no parabolóide de rotação interno a ele as camadas do interior do objeto em tela, que pode ser a Terra. Já vimos o discurso sobre a forma de expandir a superfície, não vou repetir.

                            Agora, imagine que caia um meteorito, m(i), i qualquer dimensão, xyz sendo seus eixos. Como se comportaria o interior do objeto sob essas condições de choque? Como as ondas se espalhariam no interior dele? Quer dizer, como a energia mecânica de queda se transformaria nas demais, girando pelo interior e transformando-o? A que profundidade? Onde apareceriam os vulcões, a partir do foco da queda? Como o meteorito se vaporizaria? O que faria à atmosfera do balde?

                            Deveríamos ser capazes de construir em computação gráfica 3DRV (3D, três dimensões, e RV, realidade virtual) os eventos, ajudando tanto os pesquisadores quanto os estudantes. Os estudantes de geologia, de paleontologia, de antropologia, de arqueologia, de geo-história deveriam poder fazer simulações continuadas, uma após a outra, para ver os efeitos esperados. Os geólogos de prospecção de petróleo deveriam poder ver como as quedas mudaram os perfis de formação e contenção do óleo. Todos aqueles meteoritos descritos nos textos sobre eles neste e em outros livros deveriam ser vistos, desde que possam ser estimados a partir de seus descobrimento espaciais e temporais, ou seja, dos lugares onde caíram de fato e das datas em que o fizeram. Sabendo-se seu tamanho, seu ângulo de incidência, o que sobrou deles poderá ser estimada sua velocidade e a transferência de energia em termos de múltiplos de milhões de toneladas de TNT. Os programáquinas poderão construir computações gráficas (CG) automaticamente, mostrando os resultados aproximados visualmente, o que é muito mais impactante.

                            Poderemos fazer a mesma coisa com os outros planetas modelados. Poderemos aliás ver todos e cada um, infinitas modalidades. As pessoas se divertirão fazendo cair meteoritos (e deveria haver um compromisso de todas as modelações irem parar no mesmo lugar, através da Internet, fazendo-se a seleção automática, de modo a ver se algo de diferente e inusitado surge).

                            Vitória, sábado, 03 de abril de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário