Meteoritos no Balde
Você sabe, aquela
coisa do balde rotacional inercial que substitui a esfera gravitacional,
podendo-se ver no parabolóide de rotação interno a ele as camadas do interior
do objeto em tela, que pode ser a Terra. Já vimos o discurso sobre a forma de
expandir a superfície, não vou repetir.
Agora, imagine que
caia um meteorito, m(i), i qualquer dimensão, xyz sendo seus eixos. Como se
comportaria o interior do objeto sob essas condições de choque? Como as ondas
se espalhariam no interior dele? Quer dizer, como a energia mecânica de queda
se transformaria nas demais, girando pelo interior e transformando-o? A que
profundidade? Onde apareceriam os vulcões, a partir do foco da queda? Como o
meteorito se vaporizaria? O que faria à atmosfera do balde?
Deveríamos ser
capazes de construir em computação gráfica 3DRV (3D, três dimensões, e RV,
realidade virtual) os eventos, ajudando tanto os pesquisadores quanto os
estudantes. Os estudantes de geologia, de paleontologia, de antropologia, de
arqueologia, de geo-história deveriam poder fazer simulações continuadas, uma
após a outra, para ver os efeitos esperados. Os geólogos de prospecção de
petróleo deveriam poder ver como as quedas mudaram os perfis de formação e
contenção do óleo. Todos aqueles meteoritos descritos nos textos sobre eles
neste e em outros livros deveriam ser vistos, desde que possam ser estimados a
partir de seus descobrimento espaciais e temporais, ou seja, dos lugares onde
caíram de fato e das datas em que o fizeram. Sabendo-se seu tamanho, seu ângulo
de incidência, o que sobrou deles poderá ser estimada sua velocidade e a
transferência de energia em termos de múltiplos de milhões de toneladas de TNT.
Os programáquinas poderão construir computações gráficas (CG) automaticamente,
mostrando os resultados aproximados visualmente, o que é muito mais impactante.
Poderemos fazer a
mesma coisa com os outros planetas modelados. Poderemos aliás ver todos e cada
um, infinitas modalidades. As pessoas se divertirão fazendo cair meteoritos (e deveria
haver um compromisso de todas as modelações irem parar no mesmo lugar, através
da Internet, fazendo-se a seleção automática, de modo a ver se algo de
diferente e inusitado surge).
Vitória, sábado, 03
de abril de 2004.
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