terça-feira, 6 de junho de 2017


Meteorito Grande e os Pequenos Depois

 

                            O modelo propôs oito partes num ciclo senoidal, com nomenclatura bem característica, vá ler. Assim, se dividirmos os 208 milhões de anos (nós o obtivemos pelo processo inverso, multiplicando 26 x 8) teremos essas oito partes. O meteorito grande cai na culminância, um quarto depois se entra no “fogo do conflito”, um outro quarto está-se no fundo do poço, mais um quarto chega-se aos anos de ouro. Assim, se um grande caiu há 65 milhões de anos (208/4 =) 52 milhões depois entramos no FC, há 13 milhões de anos atrás, em mais 39 milhões de anos chegaremos ao fundo do poço, do ponto de vista da Terra, porque ela pouco se importa conosco; do seu ponto de vista não passamos de uma PINTURA GEOLÓGICA. Do nosso ponto de vista (pois nos valorizamos), seria o contrário, dado que o meteorito teria caído no fundo do poço, a gente estando já há 13 milhões de anos dentro da era de ouro, faltando ainda 39.

                            Mas, veja que se recuarmos 208 de 65 chegaremos a 273 milhões de anos atrás, quando deve ter caído aquele grande que abriu a Era dos Dinossauros e separou a África do Brasil. Não podemos saber de que tamanhos relativos são, só que existe um grande, que é arrasador, de 208 em 208 milhões de anos. Suponhamos, só para efeito do que pretendo dizer, que sigam a seqüência: 20= 1, 21 = 2, 22 = 4, etc. Teríamos, então, o que ainda deve ser determinado: 1 (1º), 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128 (8º). Se o oitavo (grande) for sucedido por um pequeno, 1, a soma seria 129. O oitavo estará anunciando a descida no primeiro quarto quando ainda se soma um meteorito na primeira hora de 26 milhões de anos, depois outro na segunda hora, entrada do “fogo do conflito”, outro ainda na terceira hora e assim por diante. A Terra ainda estaria sofrendo a devastação do grande quando pequenos cairiam sucessivamente, arrasando ainda mais todo esforço de reconstrução. Precisamos saber com segurança de que tamanho é cada um do tipo 26-em-26, mas em todo caso o que está sendo anunciado é um desastre severo. Na realidade a existência da Terra não tem sido fácil, de hora em hora sofrendo um baque e a cada oito horas uma grande pancada. Parece pouco somar um a 128 para dar 129, mas se depois de uma grande batida de carro você levar uma porrada de um passante seu choque será imenso. Nós temos de avaliar a resistência da Vida sob essa ótica dos grandes tempos, desse relógio-de-hora-de-26 milhões de anos. Não é bolinho, não.

                            Vitória, sexta-feira, 02 de abril de 2004.

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