Manômetro de Rede
Isostática Compensadora de Pressões Dinâmica
Gabriel está fazendo
o segundo semestre de engenharia mecânica na UFES e pediu uma idéia para um
programa pequeno de computador no qual introduzisse uma variável e obtivesse
uma resposta. Não estando envolvido com a coisa não posso imaginar programas,
mas há chance a partir de uma visão de mergulhadores zerarem as muitas pressões
que ocorrem à volta, quando vão descendo no mar, porque o modelo que criei, de
soma zero dos pares polares opostos/complementares nos diz que vai existir um
pontinstante (um tempo num espaço qualquer da Terra) onde inventarão uma
futurística roupa que faça automaticamente essa compensação ligeirinha, de modo
que em qualquer profundidade seria como se o mergulhador estivesse ao nível do
mar. Claro, se falhar ele será esmagado. Ele geraria o programa pequeno como se
fizesse parte de um programáquina maior. É invencionice, não existe, mas
dei-lhe o nome acima: monômetro (uma-medida, só disso) de rede (colocada à
volta da pessoa como uma malha eletroeletrônica de pontos coligados) isostática
(estática-igual) compensadora de pressões, dinâmica, pois a compensação é que é
dinâmica e não a rede. É encantadora, mas não existe.
Fiquei pensando que
os engenheiros poderiam criar uma Revista
de Pseudoengenharia, imaginando as mais mirabolantes novidades ficcionais.
Você pode pensar que isso seria inútil, mas não, por vários motivos.
POR VÁRIOS MOTIVOS
1. Os engenheiros se divertiriam ao criar
as funções imaginárias, os pseudoconceitos (e os arquitetos e os artistas em
geral em criar as formas correspondentes). Desopilaria, desanuviaria os
horizontes cansativos da profissão;
2. Os da FC (ficção científica)
encontrariam nela muitos desenhos que poderiam usar em seus filmes, divertindo
muito a todos, com mais consistência;
3. Os tecnocientistas pensariam coisas
reais a partir daquelas falsas necessidades e essas novidades concretas
incrementariam as patentes, gerariam riquezas, etc.
Veja, então, como uma brincadeira pode
financiar o real!
Vitória, domingo, 28 de março de 2004.
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