Leitura
Lógica da Alimentação
Estamos querendo uma
interface entre o usuário que deseja se alimentar e os alimentos ou comidas
disponíveis. Devemos contar com o par polar oposto/complementar
prático/teórico, entre não-nutricionistas e nutricionistas, entre os leigos e
os pesquisadores. São duas
possibilidades. Por outro lado, devemos dividir o dia-inteiro em refeições
(café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia, quando há), até cinco. Há as pessoambientes, conforme
os volumes a oferecer (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas;
AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo - oito). E várias outras bandeiras e chaves, digamos a Chave do Labor
(alimentação para operários, para intelectuais, para financistas, para
militares e para burocratas – com distintas necessidades de energia, cinco). Então, muitas opções devem ser
oferecidas (só aí em cima: 2 x 5 x 8 x 5 = 400 e estamos apenas começando). O
programáquina deveria fazer perguntas básicas: 1) quantas pessoas? 2) de que
tipo? 3) que parte do dia-inteiro? 4) refeições ligeiras e fáceis ou
elaboradas? 5) doces ou salgadas? 6) para crianças ou adultos?, etc., colocando
os pares ou as frações. Listar então as receitas, com um resumo dos produtos;
ou, como eu já disse noutra parte, do que se disser que se tem em casa procurar
na lista o que dá para fazer.
Os livros de
alimentação não são lógicos, são ilógicos, seguindo apenas a vontade de quem
fez, sua capacidade de organizar e pensar a realidade. Quanto tempo dispõe quem
vai fazer a receita? É homem ou mulher? Que tipo de formação acadêmica teve? É
rico ou pobre (pode ou não sustentar produtos mais caros)? Com os livros, com
papel não dava para fazer muito, mas com o desenvolvimento das memórias quase
ilimitadas, sim, podendo-se ter telas e subtelas indefinidamente, para fazer
todos os produtos, inserindo 10 mil chances diferentes antes de chegar à
receita mais simples, mais bonita, mais cheirosa, mais gostosa, de maior
rendimento, mais rápida, e seguindo ainda outros índices.
Deveria haver uma
empresa assim à Microsoft, com renovação de três em três anos, que entrasse
nisso de receitas, pois as famílias são 1,5 bilhão, sem contar empresas e
grupos que oferecem alimentação em, digamos (para não ir muito longe), 100
anos, talvez média de 3,0 bilhões de famílias, a espantosa cifra de 550
trilhões de refeições. Inesgotável. E pensar que o que há por enquanto são
alguns livros e pouco mais na mídia (TV, Revista, Jornal, Rádio e Internet).
Vitória, domingo, 04
de abril de 2004.
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