terça-feira, 6 de junho de 2017


Leitura Lógica da Alimentação


 

                            Estamos querendo uma interface entre o usuário que deseja se alimentar e os alimentos ou comidas disponíveis. Devemos contar com o par polar oposto/complementar prático/teórico, entre não-nutricionistas e nutricionistas, entre os leigos e os pesquisadores. São duas possibilidades. Por outro lado, devemos dividir o dia-inteiro em refeições (café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia, quando há), até cinco. Há as pessoambientes, conforme os volumes a oferecer (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo - oito). E várias outras bandeiras e chaves, digamos a Chave do Labor (alimentação para operários, para intelectuais, para financistas, para militares e para burocratas – com distintas necessidades de energia, cinco). Então, muitas opções devem ser oferecidas (só aí em cima: 2 x 5 x 8 x 5 = 400 e estamos apenas começando). O programáquina deveria fazer perguntas básicas: 1) quantas pessoas? 2) de que tipo? 3) que parte do dia-inteiro? 4) refeições ligeiras e fáceis ou elaboradas? 5) doces ou salgadas? 6) para crianças ou adultos?, etc., colocando os pares ou as frações. Listar então as receitas, com um resumo dos produtos; ou, como eu já disse noutra parte, do que se disser que se tem em casa procurar na lista o que dá para fazer.

                            Os livros de alimentação não são lógicos, são ilógicos, seguindo apenas a vontade de quem fez, sua capacidade de organizar e pensar a realidade. Quanto tempo dispõe quem vai fazer a receita? É homem ou mulher? Que tipo de formação acadêmica teve? É rico ou pobre (pode ou não sustentar produtos mais caros)? Com os livros, com papel não dava para fazer muito, mas com o desenvolvimento das memórias quase ilimitadas, sim, podendo-se ter telas e subtelas indefinidamente, para fazer todos os produtos, inserindo 10 mil chances diferentes antes de chegar à receita mais simples, mais bonita, mais cheirosa, mais gostosa, de maior rendimento, mais rápida, e seguindo ainda outros índices.

                            Deveria haver uma empresa assim à Microsoft, com renovação de três em três anos, que entrasse nisso de receitas, pois as famílias são 1,5 bilhão, sem contar empresas e grupos que oferecem alimentação em, digamos (para não ir muito longe), 100 anos, talvez média de 3,0 bilhões de famílias, a espantosa cifra de 550 trilhões de refeições. Inesgotável. E pensar que o que há por enquanto são alguns livros e pouco mais na mídia (TV, Revista, Jornal, Rádio e Internet).

                            Vitória, domingo, 04 de abril de 2004.

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