terça-feira, 6 de junho de 2017


Investindo em Verbalização

 

                            No modelo há um par polar oposto/complementar SER/TER que se abre em tríades definidoras. SER (memória, inteligência e controle ou comunicação ou capacidade de verbalização ou lingu/ação, ato permanente de linguajar) e TER (matéria, energia e informação). Para ter melhor é preciso ser em alto grau de eficiência e vice-versa: para SER melhor é preciso ter excelente embasamento do TER. Já falei longamente de muitos tópicos desses, mas quero investir mais tempo e raciocínio no controle.

                            Veja que é comunic/ação, ato permanente de comunicar, que pode ser de dentro para fora, falar, e de fora para dentro, ouvir. Muitos sabem falar mais que ouvir, mas deveríamos ter equilíbrio 50/50, embora eu tenha visto quando criança que temos dois ouvidos e uma só boca, o que nos levaria a uma posição 2/3 + 1/3. Entrementes, o modelo aconselha a posição 50/50. Só pelos ouvidos estarem simetricamente dispostos poderíamos dizer que o ouvir é equilibrado entre esquerda e direita, entre sim e não, entre confiar e desconfiar, colocando a PESSOA (falarouvir de indivíduo, de família, de grupo e de empresa) no centro, na média, no meio. Podemos dizer que a boca, estando no centro, deve falar equilibradamente. Podemos instituir índices do bem-falar (e igualmente do bem-ouvir) de um a 100 e dizer que há uma Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas para o BF e o BO acima mencionados.

                            Quando ao FALAR BEM, podemos melhorá-lo, tanto em memória, tendo mais do que falar, quanto em inteligência ao aprimorar a lógica-do-falar, quanto ainda da capacidade de manifestar o pensado, de articular o pensamento enquanto campartículas ou ondas entre as partículas da língua e o campo da língua, entre a ortografia e a sintaxe, as porções da língua e sua combinação em planos-de-lógica. Como é que o conjunto VERBALIZA, coloca as ações (pois o existir do SER é essencialmente composto de ações em vários níveis de complexidade). Se as EFICIÊNCIAS HORIZONTAIS poderiam ser ditas da Curva do Sino da Lógica geral, as EFICIÊNCIAS VERTICAIS seriam as distintivas do apuro, que coloca os falantes em níveis diferentes de EFICÁCIA VERBAL. Qual é a capacidade de comunicar os assuntos? Isso depende de quem está enviando e de quem está recebendo, classicamente, dentro da teoria da info-comunicação e isso leva a todas aquelas coisas que já começamos a discutir.

                            Aqui queremos apontar para os investimentos PESSOAIS (individuais, familiares, grupais e empresariais) e AMBIENTAIS (municipais/urbanos, estaduais, nacionais e mundiais) NO FALAR (sem esquecer o ouvir, que é igualmente importante – deveria ser ensinado nas escolas e colocado na grade curricular). Investir em comunicar – que coisa tão importante! Que adianta ter uma grande memória, como uma biblioteca, se não se é capaz de falar? Que adianta possuir uma grande inteligência se gagajamos ao conversar e não encontramos as palavras mais adequadas para as frases apropriadas? O espaçotempo da língua, eis um estudo que merece atenção. Eis algo que não foi feito tecnocientificamente do modo mais apurado. Como podemos transmitir mais informação em menos tempo?

                            Há também aqui uma quantidade de perguntas a fazer.

                            Vitória, terça-feira, 6 de abril de 2004.

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