Debates sobre ASC
Na sequência da
coletânea Adão Sai de Casa, como
fazer para operar sua publicação, seja como literatura seja como filme e suas
conseqüências? ASC está soando como coisa fantasticamente bela e interessante,
porque une os elementos todos e contempla todos ou quase todos os povos, mitos
e lendas, todas as tecnartes (veja Superafloramento
das Artes, Livro 75), todos os conhecimentos (Magia/Arte,
Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).
Assim, PODE se
tornar o grande evento (evento = GRANDE = CRISTO = AUGUSTO = ATLANTE = ADÂMICO
= CELESTIAL = GOVERNANTE = GIGANTE, etc., na Rede Cognata), que irá contaminar
o mundo, que irá efervescer e unir os povos da Terra, além das outras coisas do
modelo, é claro. Não é que eu queira ocultar as falhas, de jeito nenhum, não é
meu estilo; isso seria o equivalente a tentar fazer perfeito o racional, o que
é estupidez, dado que o racional é parte do todo e nada pode ser perfeito se
não for o todo, isto é, aquele Um, Pai.
Mas é que as PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades/municípios,
estados, nações e mundo) merecem mais. Merecem, todos e cada um, tudo de bom
que se puder fazer. É que as pessoas não entendem que há em cada átomo do
universo 15 bilhões de anos de trabalho e na Vida da Terra 3,8 bilhões de anos
de labuta, com 100 milhões de anos de construções primatas, 10 milhões de anos
hominídeos e 100, 50 ou 35 mil anos sapiens: é trabalho demais para não merecer
o melhor. Não que os debates se transformem numa dessas reuniões que não
terminam nunca, sem objetividade, sem alvo ou foco, sem prazo para acabar,
vivendo de si mesma e dos elogios cruzados. O principal não é a reunião e sim o
serviço que ela quer prestar aos povelites. Os debates (permanentes) seriam
feitos no sentido de proporcionar sustentação dos detalhes da confecção
extremamente minuciosa de ASC, por décadas a fio, desde o início pensada para
durar, como uma coisa que deve se sustentar enquanto os povelites estiverem se
divertindo – sendo implacavelmente abandonada quando comece a repetir-se, a
cair na mesmice exploratória de prestígios passados. Se a efervescência, a
ebulição, a fervura diminuir ASC deve ser sem dó nem piedade abandonado em
favor de outros projetos, porque aí já não haverá divertimento nem do lado de
quem faz nem do lado de quem assiste, ficaria reduzido ao comercialismo,
excesso de comércio. Isso nós recusamos, porque perde a graça.
Vitória,
sexta-feira, 09 de abril de 2004.
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