quinta-feira, 8 de junho de 2017


Debates sobre ASC

 

                            Na sequência da coletânea Adão Sai de Casa, como fazer para operar sua publicação, seja como literatura seja como filme e suas conseqüências? ASC está soando como coisa fantasticamente bela e interessante, porque une os elementos todos e contempla todos ou quase todos os povos, mitos e lendas, todas as tecnartes (veja Superafloramento das Artes, Livro 75), todos os conhecimentos (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            Assim, PODE se tornar o grande evento (evento = GRANDE = CRISTO = AUGUSTO = ATLANTE = ADÂMICO = CELESTIAL = GOVERNANTE = GIGANTE, etc., na Rede Cognata), que irá contaminar o mundo, que irá efervescer e unir os povos da Terra, além das outras coisas do modelo, é claro. Não é que eu queira ocultar as falhas, de jeito nenhum, não é meu estilo; isso seria o equivalente a tentar fazer perfeito o racional, o que é estupidez, dado que o racional é parte do todo e nada pode ser perfeito se não for o todo, isto é, aquele Um, Pai.

                            Mas é que as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) merecem mais. Merecem, todos e cada um, tudo de bom que se puder fazer. É que as pessoas não entendem que há em cada átomo do universo 15 bilhões de anos de trabalho e na Vida da Terra 3,8 bilhões de anos de labuta, com 100 milhões de anos de construções primatas, 10 milhões de anos hominídeos e 100, 50 ou 35 mil anos sapiens: é trabalho demais para não merecer o melhor. Não que os debates se transformem numa dessas reuniões que não terminam nunca, sem objetividade, sem alvo ou foco, sem prazo para acabar, vivendo de si mesma e dos elogios cruzados. O principal não é a reunião e sim o serviço que ela quer prestar aos povelites. Os debates (permanentes) seriam feitos no sentido de proporcionar sustentação dos detalhes da confecção extremamente minuciosa de ASC, por décadas a fio, desde o início pensada para durar, como uma coisa que deve se sustentar enquanto os povelites estiverem se divertindo – sendo implacavelmente abandonada quando comece a repetir-se, a cair na mesmice exploratória de prestígios passados. Se a efervescência, a ebulição, a fervura diminuir ASC deve ser sem dó nem piedade abandonado em favor de outros projetos, porque aí já não haverá divertimento nem do lado de quem faz nem do lado de quem assiste, ficaria reduzido ao comercialismo, excesso de comércio. Isso nós recusamos, porque perde a graça.

                            Vitória, sexta-feira, 09 de abril de 2004.

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