Diz-cionário
O problema de achar
uma palavra no dicionário é que a primeira letra tem, de A até Z (contando KYW)
26 escolhas, a segunda 26, a terceira 26 e isso vai irritando. A opção é
digitar a palavra, o que não serve para os analfabetos e toma tempo dos
alfabetizados.
O quente mesmo seria
um dicionário com o qual pudéssemos conversar. Não apenas pedir a PALAVRA, mas
literalmente conversar mesmo, embora a princípio de forma restrita. Do jeito
que as memórias estão disparando para tamanhos cada vez maiores, se um
computador inteiro (80 gigas) pudesse ser comprimido numa pastilha e toda a
máquina num notebook (agenda), num palmhand (palma-da-mão) com o qual
falássemos, quem fizesse isso estaria rico pelos séculos a fora.
Porque o modelo,
como já apontei, refere que na soma 50/50 dos pares polares
opostos/complementares o forçamento para que todos sejam alfabetizados é
eminentemente errado, devendo haver retorno no ciclo – muitos não quererão ser
alfabetizados e dos que são muitos optarão por não ser mais, por não usar a
capacidade de ler. E, como eu já disse, deveria ser um dicionárienciclopédico,
dando a PALAVRA + a IMAGEM, a palavrimagem, PAL/I, só que agora, em vez de
digitar, falando. Se houvesse conflito entre a palavra, tal como a pessoa a
disse, e a imagem, ela iria pulando até chegar à imagem correta (para evitar as
homofonias), o computador aprendendo as entonações, colando-se às do usuário.
Aquele seria SEU programáquina, especificamente seu e de mais ninguém. Com o
tempo essa correspondência biunívoca daria depois da resposta estatística com
mútua adequação, extrema fidelidade. A pessoa falaria, apareceria a imagem, se
fosse aquilo mesmo que ela queria teclaria em cima e a máquina daria escrito
(para os que sabem ler) ou falaria (para os que não sabem) as correspondências.
Como os programas de identificação de voz já vão bem adiantados, seria um salto
formidável: cada ser humano (menos os bebês de colo) carregaria o seu (são aí
pelo menos uns cinco bilhões de clientes potenciais, vezes 100 a 1 000 dólares,
500 a 5 000 bilhões, uns 2 250 bilhões trocáveis de três em três anos para 20 %
de ricos e médios-altos, muito melhor que telefonia celular).
Enfim, é uma dessas
coisas formidáveis que podem estar no futuro e que é uma pena não terem estado no
passado.
Vitória, sexta-feira,
09 de abril de 2004.
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