Baldes Muito Frios
Poderemos aplicar a
tecnociência do Modelo do Balde (siga a trilha) a todos os objetos celestes,
desde a Terra a planetas muito frios, como Plutão e esse novo
planeta-identificado (pois ele não é novo, está lá há muito tempo), Sedna, que
leva 10,5 mil anos para dar uma volta completa ao Sol. Parece que a temperatura
de superfície fica em torno dos 240 negativos Celsius, perto do zero absoluto,
que fica a – 273,13º C.
Temos visto os
planetas apenas por fora. Por dentro só os imaginamos, não vemos mesmo. Embora
o MD e o MBC (Modelo do Balde Cosmogônico, juntando o Modelo Cosmogônico Solar
com o Modelo do Balde) não cheguem nunca a mostrar a realidade mesma, será dela
o que mais perto poderemos chegar. Fará muito sentido estudar baldes gelados,
isto é, as pseudo-esferas inerciais contrapartes das esferas gravitacionais sob
temperaturas muito baixas, quer dizer, com termomecânicas especiais de
baixíssimas temperaturas, desde os satélites de Júpiter e Saturno nos quais
temos o maior interesse até planetas tão distantes que não temos nem teremos
durante largo tempo qualquer interesse.
Por exemplo, Europa
é um satélite que tem oceanos de 100 km de profundidade e onde,
presumivelmente, haverá vida, evidentemente diferente desta da Terra. Se houvesse
um balde-de-Europa poderíamos ver esses oceanos em profundidades variadas, suas
temperaturas médias e extremas por faixa, suas pressões, suas condições de
proporcionar desenvolvimento da Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e
fogo/energia) até chegar à Vida geral. Somos inerentemente preconceituosos,
autocentrados e sempre achamos que só nosso jeito de ser é o jeito correto.
Estudando os baldes frios com programáquinas automáticos baseados na interação
das equações veríamos como podem ser os planetas, sem que interferíssemos com
nossas restrições. Os automatismos iriam para longe de nossas consciências
restritas, mostrando-nos divergências que conduziriam a outras formas de pensar
e agir. Bastaria melhorar a expressão em computação gráfica e refinar cada vez
mais as equações, de modo que a iteração gerasse modelos cada vez mais próximos
da realidade. Indo por conta própria, com uma ou outra melhoria humana, o
programáquina nos mostraria o que recusamos a ver, a ampla liberdade do
fazer-se da Vida geral.
Vitória, sábado, 3
de abril de 2004.
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