segunda-feira, 5 de junho de 2017


Baldes Muito Frios

 

                            Poderemos aplicar a tecnociência do Modelo do Balde (siga a trilha) a todos os objetos celestes, desde a Terra a planetas muito frios, como Plutão e esse novo planeta-identificado (pois ele não é novo, está lá há muito tempo), Sedna, que leva 10,5 mil anos para dar uma volta completa ao Sol. Parece que a temperatura de superfície fica em torno dos 240 negativos Celsius, perto do zero absoluto, que fica a – 273,13º C.

                            Temos visto os planetas apenas por fora. Por dentro só os imaginamos, não vemos mesmo. Embora o MD e o MBC (Modelo do Balde Cosmogônico, juntando o Modelo Cosmogônico Solar com o Modelo do Balde) não cheguem nunca a mostrar a realidade mesma, será dela o que mais perto poderemos chegar. Fará muito sentido estudar baldes gelados, isto é, as pseudo-esferas inerciais contrapartes das esferas gravitacionais sob temperaturas muito baixas, quer dizer, com termomecânicas especiais de baixíssimas temperaturas, desde os satélites de Júpiter e Saturno nos quais temos o maior interesse até planetas tão distantes que não temos nem teremos durante largo tempo qualquer interesse.

                            Por exemplo, Europa é um satélite que tem oceanos de 100 km de profundidade e onde, presumivelmente, haverá vida, evidentemente diferente desta da Terra. Se houvesse um balde-de-Europa poderíamos ver esses oceanos em profundidades variadas, suas temperaturas médias e extremas por faixa, suas pressões, suas condições de proporcionar desenvolvimento da Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e fogo/energia) até chegar à Vida geral. Somos inerentemente preconceituosos, autocentrados e sempre achamos que só nosso jeito de ser é o jeito correto. Estudando os baldes frios com programáquinas automáticos baseados na interação das equações veríamos como podem ser os planetas, sem que interferíssemos com nossas restrições. Os automatismos iriam para longe de nossas consciências restritas, mostrando-nos divergências que conduziriam a outras formas de pensar e agir. Bastaria melhorar a expressão em computação gráfica e refinar cada vez mais as equações, de modo que a iteração gerasse modelos cada vez mais próximos da realidade. Indo por conta própria, com uma ou outra melhoria humana, o programáquina nos mostraria o que recusamos a ver, a ampla liberdade do fazer-se da Vida geral.

                            Vitória, sábado, 3 de abril de 2004.

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