quarta-feira, 14 de junho de 2017


A Contratação de Defesa


 

                            As atividades de Defesa no Brasil tradicionalmente têm estado apartadas do coletivo de produçãorganização, embora recentemente bem menos que antes: já fazem contratos com empresas. Nos Estados Unidos isso é corriqueiro e o Pentágono faz contratações violentas, muito custosas, com o empresariado, especialmente no campo das atividades aeroespaciais, a ponto de criar lá o COMPLEXO INDUSTRIAL MILITAR. Na realidade é mais, é o COMPLEXO ECONÔMICO-MILITAR, pois envolve tudo: agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos.

                            O MD (Ministério da Defesa) deveria ampliar seus horizontes. É claro que é ruim essa conspiração, eu mesmo falei contra ela, mas a coletividade deve aprender a sobreviver às maiores dificuldades; a sobrevivência do mais apto deve ser de aptidão perante toda força e poder, de forma que a isso também temos de absorver mentalmente.

                            O MD deveria contratar positivamente pesquisadores & desenvolvedores do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) para auxiliar no PENSAMENTO DE DEFESA (que comporta, como já disse noutras palavras, pensamento de ataque). E aí interessar mesmo toda a economia, porque os empresários e os trabalhadores teriam duplo empenho: 1) o patriótico e remoto, 2) o econômico e próximo.

                            Pode-se contratar defesa em todas as áreas, desde as coisas mais triviais às mais profundas. O MD deveria ter toda uma política a respeito disso. Suponho que o modelo indique 1/40 ou 2,5 % da produção como verbas de defesa, porque é esse resíduo que se liga aos erros e sua correção. O limite de gastos deveria ser a renda real (visível + invisível), que é quatro vezes os 500 bilhões anunciados de PIB x 0,025 ou 50 bilhões de dólares por ano, com as divisões sucessivas do modelo em metades: metade sensível, metade insensível; metade evidente, metade oculto, etc.

                            O MD age em patamares muito simplistas e superficiais, de terceiro mundo e terceiras preocupações, que não são consultadas para nada. Se quer participar mais o jeito é disseminar suas preocupações no coletivo de produção, desse jeito que estou dizendo.

                            Vitória, sexta-feira, 07 de maio de 2004.

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