quarta-feira, 14 de junho de 2017


A Maré Montante da Ambição Humana


 

                            Depois da morte de Adão em 2,82 mil antes de Cristo e após os 150 anos de luto, a seguir a 2,67 mil a.C. houve a decadência moral, como já ficou visto, e todo tipo de devassidão, ainda que não aquela da proibição de Enoque, exceto em Sodoma e Gomorra mais tarde.

                            De 2,67 a 2,45 mil a.C., por 220 anos, duas facções foram se formando e se apartando cada vez mais, o que nunca tinha acontecido antes. Em 2,45 mil a.C. estourou a Guerra do Alcance, em que os Puros e os Impuros se enfrentaram pela segunda vez. Adão não estava mais vivo, mas novamente os Puros perderam, sendo a única solução irem embora, o que se via desde os muros, a longa coluna (depois repetida, mas ao contrário, na Queda de Tróia Olímpica) se afastando como uma cobra a rastejar nas planícies.

                            Nos 700 anos seguintes a decadência se acentuou dentro dos muros, enquanto os Puros, agora denominados Renegados, tramavam e construíam metodicamente a destruição total da Montanha Iluminada. Nesse ínterim os descendentes humanos mestiços tornaram-se cada vez mais ousados e independentes, o que também não tinha sido presenciado; embora não replicassem aos descendentes adâmicos, colocaram-se em estado de independência de vontade. Não só não faziam mais tudo que os senhores atlantes mandavam como tomaram atitudes separadas, mirando suas próprias necessidades e desejos, amealhando para si e não para o Consórcio dos Reis. Vários nobres instituíram feudos, como aconteceria depois na Idade Média européia. O equivalente de barões, condes, duques, reisinhos desarvorados e pretensiosos se espalhou por toda parte como uma febre, a subida feroz do mar, uma maré montante incrível espalhando caos e sedição por toda parte. Os Renegados, precisando da ajuda deles no futuro relativamente distante nada podiam fazer que os contrariasse; os outros estavam ilhados na Cidade Celestial e sua autoridade era renegada pelos de fora, que colocaram um anel de exclusão. Foi uma época de grande crescimento, de expansão caótica e sem chefes, o que nunca tinha acontecido, uma era de rompimento de fronteiras, indo os baronetes para todas os lugares distantes do mundo, criando feudos e protetorados que não conheciam nem reconheciam a soberania atlante. Pela primeira vez viveram os humanos mestiços separados e independentes dos seus senhores adâmicos.

                            Isso fez toda diferença depois, na fase judaica.

                            Vitória, sexta-feira, 7 de maio de 2004.

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