quinta-feira, 15 de junho de 2017


Vibro Mecânica Inflacionária

 

Já falei das isoquantas inflacionárias.

Pense num cone com vários cortes horizontais, cada qual representando no tempo presente diferentes espaços, pois pessoas de dessemelhantes países podem estar nas mesmas isoquantas (quantidades iguais) de inflação. Quem está acima da média do cone é elite inflacionária, quem está abaixo é povo; mas a média de cone não coincide com a decretação oficial governamental, de modo nenhum, porquanto o governo decreta média, quer dizer, média de pesquisa, pois nem todos os produtos foram consultados.

Na verdade, a inflação é um mar quântico, com os números indicativos saltando “o tempo todo” – de maneira nenhuma as pessoas, mesmo com Internet, poderiam fazer as pesquisas de preços, porque inumeráveis pessoas autorizadas pelo sistema prisional-legal que é a cultura-civilização estão mudando os números constantemente – em todos os pontos do território, em cada barraca, em cada boteco. E é melhor que o governo anuncie um índice enganoso de, digamos, 5 % ao ano, já que o povo, acreditando, não entra em pânico. Essa mecânica quântica das vibrações de números (estatística nas pesquisas, demanda de dados; probabilística na pulsação aleatória da oferta), é uma vibro-mecânica, uma termomecânica de preços.

O governo trabalha o tempo todo para que o povo acredite na mentira e em 300 anos ou mais, desde quando a inflação foi percebida como instrumentação, ninguém atinou a física-matemática de fundo, que é a mesma entropia-negentropia boltzmanniana (de Boltzmann, Ludwig Eduard, físico-matemático austríaco, 1844-1906): as elites sugam através da entropia ou caos inflacionário e o povo trabalha rudemente para negar a entropia, a dissolução dos sistemas, cedendo energia no processo, que é aproveitada pelo outro lado. As equações (psicológicas) são as mesmas da físico-química termomecânica. As elites trapaceiam de todo modo para se apoderarem da energia popular, e esta é somente a mais sofisticada das artimanhas (por sinal, não estudada pela Psicologia-p.3 socioeconômica).

Para ver como seria difícil seguir os preços, mesmo com superprogramáquinas, pense em todos os carros fabricados neste ano e postos nas concessionárias de parte das 5.570 cidades brasileiras: os preços estão sendo mudados frequentemente pelos proprietários autonomizados pela ditadura capitalista comanditária, o sócio que comanda em nome do capitalismo, a doença doutrinária superafirmativa do capital: não é à toa que chamo o governo de Escritório do Capital. O sócio minoritário enganado é o povo, embora pela regra de Pareto seja relação percentual 20/80 elites/povo, pois se trata de domínio partidário-ideológico.

Pois bem, imagine que um carro tenha sido aumentado de 100 mil para 105 mil hoje, enquanto outro foi aumentado há dois meses e é ainda vendido por 100 mil: você teria dificuldade de saber, porque as concessionárias TODAS não divulgam os preços e há o custo de energia para ir saber os valores alterados (há vários mecanismos virtuais, como Mercado Pago, etc.), de modo que fatalmente você se situará numa isoquanta diferente de quem esteja conversando com você em qualquer instante. Seus vizinhos de prédio, por comprarem produtos distintos, estão em outras tantas isoquantas, ou seja, em índices diferentes, que contrastam com aqueles 5 % anunciados para o ano.

A inflação geral é sistema enganador socioeconômico termomecânico de preços e não é percebido do mesmo modo por homens e mulheres, pois é como calor ou frio, temperatura acima ou abaixo da média de conforto: inflação alta, tipo 80 % ao ano, seria como temperatura de 80º graus célsius, as mulheres ficariam enlouquecidas, o melhor seria o frio inflacionário, estabilização em torno de 2 a 5 ou até 10º graus anuais (sistema apaziguador feminino), facilidade de organização; ao passo que para os homens inflação alta significa fúria ou combate econômico, facilidade de apossamento.

Então, a inflação é fenômeno dos mais poderosos e intensos, é febre psicológica que afeta a racionalidade: índices muito altos podem fritar o pensamento S/E nacional, podem mergulhar o país no caos e na destruição.

A inflação, que parece tão simples, é extraordinariamente complexa.

É física-matemática psicológica boltzmanniana. Não é tida como tal, mas é, não pode ser tratada na economia-sociologia, A MENOS QUE os sócio-economistas possam tornar-se psicólogos físico-matemáticos. Eles precisam dominar as equações.

Vitória, quinta-feira, 15 de junho de 2017.

GAVA.

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