Vibro
Mecânica Inflacionária
Já falei das isoquantas inflacionárias.
Pense num cone com vários cortes horizontais,
cada qual representando no tempo presente diferentes espaços, pois pessoas de dessemelhantes
países podem estar nas mesmas isoquantas (quantidades iguais) de inflação. Quem
está acima da média do cone é elite inflacionária, quem está abaixo é povo; mas
a média de cone não coincide com a decretação oficial governamental, de modo
nenhum, porquanto o governo decreta média, quer dizer, média de pesquisa, pois
nem todos os produtos foram consultados.
Na verdade, a inflação é um mar quântico, com
os números indicativos saltando “o tempo todo” – de maneira nenhuma as pessoas,
mesmo com Internet, poderiam fazer as pesquisas de preços, porque inumeráveis
pessoas autorizadas pelo sistema prisional-legal que é a cultura-civilização
estão mudando os números constantemente – em todos os pontos do território, em
cada barraca, em cada boteco. E é melhor que o governo anuncie um índice
enganoso de, digamos, 5 % ao ano, já que o povo, acreditando, não entra em
pânico. Essa mecânica quântica das vibrações de números (estatística nas
pesquisas, demanda de dados; probabilística na pulsação aleatória da oferta), é
uma vibro-mecânica, uma termomecânica de preços.
O governo trabalha o tempo todo para que o
povo acredite na mentira e em 300 anos ou mais, desde quando a inflação foi
percebida como instrumentação, ninguém atinou a física-matemática de fundo, que
é a mesma entropia-negentropia boltzmanniana (de Boltzmann, Ludwig Eduard, físico-matemático
austríaco, 1844-1906): as elites sugam através da entropia ou caos
inflacionário e o povo trabalha rudemente para negar a entropia, a dissolução
dos sistemas, cedendo energia no processo, que é aproveitada pelo outro lado.
As equações (psicológicas) são as mesmas da físico-química termomecânica. As
elites trapaceiam de todo modo para se apoderarem da energia popular, e esta é
somente a mais sofisticada das artimanhas (por sinal, não estudada pela
Psicologia-p.3 socioeconômica).
Para ver como seria difícil seguir os preços,
mesmo com superprogramáquinas, pense em todos os carros fabricados neste ano e
postos nas concessionárias de parte das 5.570 cidades brasileiras: os preços
estão sendo mudados frequentemente pelos proprietários autonomizados pela ditadura
capitalista comanditária, o sócio que comanda em nome do capitalismo, a doença
doutrinária superafirmativa do capital: não é à toa que chamo o governo de
Escritório do Capital. O sócio minoritário enganado é o povo, embora pela regra
de Pareto seja relação percentual 20/80 elites/povo, pois se trata de domínio
partidário-ideológico.
Pois bem, imagine que um carro tenha sido
aumentado de 100 mil para 105 mil hoje, enquanto outro foi aumentado há dois
meses e é ainda vendido por 100 mil: você teria dificuldade de saber, porque as
concessionárias TODAS não divulgam os preços e há o custo de energia para ir
saber os valores alterados (há vários mecanismos virtuais, como Mercado Pago,
etc.), de modo que fatalmente você se situará numa isoquanta diferente de quem
esteja conversando com você em qualquer instante. Seus vizinhos de prédio, por
comprarem produtos distintos, estão em outras tantas isoquantas, ou seja, em
índices diferentes, que contrastam com aqueles 5 % anunciados para o ano.
A inflação geral é sistema enganador socioeconômico
termomecânico de preços e não é percebido do mesmo modo por homens e mulheres,
pois é como calor ou frio, temperatura acima ou abaixo da média de conforto:
inflação alta, tipo 80 % ao ano, seria como temperatura de 80º graus célsius,
as mulheres ficariam enlouquecidas, o melhor seria o frio inflacionário,
estabilização em torno de 2 a 5 ou até 10º graus anuais (sistema apaziguador
feminino), facilidade de organização; ao passo que para os homens inflação alta
significa fúria ou combate econômico, facilidade de apossamento.
Então, a inflação é fenômeno dos mais
poderosos e intensos, é febre psicológica que afeta a racionalidade: índices
muito altos podem fritar o pensamento S/E nacional, podem mergulhar o país no
caos e na destruição.
A inflação, que parece tão simples, é
extraordinariamente complexa.
É física-matemática psicológica boltzmanniana.
Não é tida como tal, mas é, não pode ser tratada na economia-sociologia, A
MENOS QUE os sócio-economistas possam tornar-se psicólogos físico-matemáticos. Eles
precisam dominar as equações.
Vitória, quinta-feira, 15 de junho de 2017.
GAVA.
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