Super-Colorado
Supostamente o Rio
Colorado, que segundo a Enciclopédia e
Dicionário Ilustrado Koogan/Houaiss, Rio de Janeiro, Delta, 1993 nasce nas
Montanhas Rochosas dos EUA, atravessa o planalto do estado do Colorado e tem
2.250 km de comprimento foi capaz de escavar os imensos canhões (ou canyons) de
lá. Se projetado de baixo para cima, assim como as linhas ou curvas de nível
veremos que ele é só um filete e jamais poderia ter escavado tanta terra assim.
De modo algum. Ele é o que restou de imensos fluxos de água quando tudo aquilo
estava no fundo do mar, digamos há 70 milhões de anos atrás (os movimentos da
Terra e dos oceanos são tão insuspeitados que foi só a partir de 1993, onze
anos atrás, que os satélites ao filmarem as areias do Saara puderam mostrar
antigos e desaparecidos leitos de rios abaixo, que lá estiveram, formando
outrora extensíssimas planícies gramadas e arborizadas, há 35 milhões de anos
atrás). Correntes marítimas, estas sim imensas e irrepresáveis, corriam lá no
Colorado e em outros lugares, inclusive no Brasil, tanto no Rio Grande do Sul
quanto na Bahia.
Perto de tais
correntes o Rio Colorado de hoje não passa de um fiozinho de água, uma linha
inconsútil, quase um nada.
Com que lógica
afirmaram ter sido o Rio Colorado o causador de tanta devastação? A falta de
lógica é assustadora. Bastava terem feito aquela projeção para constatarem
nitidamente o apontamento da verdade. Bastaria ter projetado para cima no plano
mais alto todas as linhas, marcando o RC em azul contrastante, para ver que ele
não poderia ter realizado tanto, nem em milhões de anos, porque teria de ficar
serpenteando à esquerda e à direita de modos impossíveis. Eles acomodaram
demais para aceitar uma afirmação daquelas. Porque as pessoas se contentam com
essas afirmações pseudocientíficas? Por quê não fazem os testes que elas exigem
dos outros? Por quê são complacentes consigo mesmas? Bastaria terem avaliado a
quantidade de terra que o Colorado teria de tirar ano após ano para ver que era
impossível tal postulação. O cálculo dos volumes, embora trabalhoso, não custa
tanto, agora que temos as máquinas para fazê-los com o auxílio de programas. Um
dos geólogos menores poderia ter feito tais cálculos. É assustador que uma
socioeconomia tão poderosa como a dos americanos possa impor ao mundo tal
falsificação. E se essa, quais outras?
Vitória,
quinta-feira, 29 de abril de 2004.
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