domingo, 11 de junho de 2017


Programáquina de Emplacamento


 

                            Seguindo a idéia de as placas no Brasil virem em quatro ou cinco línguas (PORTUGUÊS, a principal, e mais quatro: poderiam ser o mandarim, 700 milhões de falantes; o inglês, 500 milhões; o espanhol; o francês ou o italiano, ou até o latim), eis que deveria haver um programáquina cativo capaz de escrevê-las, fosse onde fosse, seja placa, seja folha de papel ou qualquer outra alternativa, com um punhado de tipos, como esses do Windows.


                            Quando as nações eram só dos nacionais, antes da globalização, fazia sentido ter tudo numa língua só, mas agora estamos noutro processo. Por vezes vão visitar um país mais indivíduos do que há ali de habitantes, 50 milhões num ano. As nações são amplamente transparentes à movimentação, especialmente na Europa dos 15, agora passando a 25. No Brasil não é tanto, mas tende a ser, e se queremos que seja efetivamente então devemos colocar em cada esquina e cada cruzamento e cada derivação uma placa dessas, multilíngue, com pelo menos essas quatro traduções (eu optaria pelo latim, porque ele poderia facilmente voltar a ser uma língua mundial, como até vou propor). Já falei também da máquina que produzirá abstrações facilmente identificáveis pela mente e que pode ser melhor trabalhada.


                            Como nomes malpostos podem provocar o riso ou até ofensas, seria preciso oferecer uma quantidade de frases simples que a máquina aceitasse, digamos cinco milhares de escolhas perfeitamente traduzidas por tradutores juramentados. Então, escolhida a situação (inclusive com o nome de 5,5 mil cidades/municípios do Brasil + acidentes geográficos, etc.) o P/M pintor produziria as cártulas padronizadas, digamos “Linhares a 15 km”, “Posto de Vacinação Contra Aftosa, Distrito de Bebedouro”.

                            O passo seguinte seria as tecnartes trabalharem o P/M de modo a ele tornar-se bonito em si e produtor de beleza, conforme os padrões em mutação. O apuro conceitual é fundamental: palavras curtas, claras, inteligíveis pela maioria da população (de preferência aquelas 800 palavras estatisticamente mais usadas pelo povo) ajudarão muito.

                            Em resumo, isso pode render uma empresa multinacional de grande porte, especialmente se aquele Dicionário Popular de 800 palavras que quero construir (e o professor-doutor RC sugeriu ser vertido para línguas do mundo inteiro) estiver operacional.

                            Vitória, sexta-feira, 16 de abril de 2004.

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