Praça Casamenteira
De fato, as cidades,
meramente por conterem muito mais gente, por esta ter idéias, as idéias se
misturarem, acabam por produzir mais que o campo, onde as pessoas estão mais
dispersas. Foi numa cidade que imaginaram, que tiveram a idéia, pois há uma
praça envolvida, mas tanto tempo se passou que é apresentada como da roça
aquela coisa de os homens rodarem para um lado e as mulheres para o outro, o
que certamente já serviu para arranjar muitos casamentos.
Os institutos nas
cidades mudaram, agora se vai às boates, quem tem dinheiro, ou há mil arranjos
nos bairros da periferia, porém talvez fosse o caso de as prefeituras
reprogramarem esse antigo instituto, que redenominei PRAÇA CASAMENTEIRA, que
promoverá casamentos. Poderia ser praça maior, com bares, com espaços para
shows (pagos ou públicos), com teatros e cinemas, com lagos, com todo tipo de
coisa, parques maiores como o Central Park (Parque Central) em Nova Iorque,
inclusive com psicólogos, com barbeiros e cabeleireiros, com parques infantis,
com todo tipo de ajuda para os sem-namorada e as sem-namorado (não me canso de
avisar para não haver publicação dos sentimentos homossexuais), inclusive
conselheiros matrimoniais, pois as prefeituras devem oferecer mais, como já
disse. Por quê estamos na Vida e na Terra? Não haveria muito mais prazer se
essas coisas sensíveis fossem programadas? O fato é que as prefeituras oferecem
bem pouco. Psicólogos poderiam ser contratados para dar palestras sobre namoro,
noivado, casamento. Poderiam colocar videolocadoras, bancas de revistas. Enfim,
proporcionar prazer às famílias, ao passo que aos jovens oportunidades
multiplicadas de conhecimento e relacionamento, com guardas por perto (sem
armas) para promover o relaxamento dos espíritos ou o abrandamento da ira.
Poderiam ser mostrados vários programas que a cidade oferece, com custos de 10,
20, 40, 80, 160, 320, 640 reais ou o que fosse. Viagens, passeios, trilhas,
compartilhamento – as prefeituras de fato são muito burras e só oferecem o
trivialíssimo, os caminhos que já foram trilhados por décadas, é chato demais.
Aí estão grandes oportunidades que elas não sabem pegar.
Vitória,
segunda-feira, 29 de março de 2004.
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