O Negócio do
Casamento
Desde que vi uma
hippie jogar no chão metade da pequena tela de exibição das bijuterias que
fazem, mandando se afastar o companheiro, entendi que os divórcios vão dos mais
simples aos mais complexos.
O Casamento geral, é
claro, é um negócio. Quando somos muito jovens o tesão é tanto que a gente não
pensa duas vezes para levar adiante a união, pois o verdadeiro amor é medição
do não fazer planos. Por trás estão as famílias, pai e mãe mais maduros, a
sabedoria dos avós e das avós e de todos os interessados tanto na felicidade de
noivo e noiva quanto no processo de acumulação, com toda a geo-história das
decepções associadas a ele.
Não há quem tenha
feito, digamos, Casamento 1.0, cujo
significado seria grande enquanto programáquina de consulta no namoro, no
noivado, no casamento em si, no divórcio ou qualquer gênero de separação, na
acumulação, na constituição dessa verdadeira sociedade econômico-financeira de
pequenas e grandes repercussões. Tal programa, sendo feito e refeito à Microsoft
de três em três anos poderia render muito. Se a taxa de casamentos ficasse em
torno do um porcento, como a de nascimento no mundo, a cada ano teríamos (1,5
bilhão de famílias dividido por 100 =) 15 milhões de casamentos, 20 % de ricos
e médios-altos que podem pagar sendo três milhões, vezes uns 60 dólares cada,
180 milhões por ano, em dez anos 1,8 bilhão, talvez o dobro disso, porque tanto
um lado quanto o outro gostaria de ter o seu, uma versão feminina e outra
masculina. Pode ser muito mais, com uma avaliação mais perfeita. E rende
livros, documentários de TV, filmes, uma indústria milionária, que ninguém
tocou, ainda. Casos sérios, coisas engraçadas, acontecimentos notáveis, uma
porção de elementos novos, sugestões, pode-se rechear à vontade.
Tratando-se o
casamento como a qualquer negócio: quem lucra e quem perde, as brigas dos
sócios, lucros e perdas da família, quais as reservas legais, no quê prestar
atenção, do quê tirar cópias, quais as precauções a tomar. Quantos casamentos
acabam no primeiro ano, do segundo até o quinto, etc. Há muito a oferecer e
confeccionar o programa pode se tornar uma comodidade até que venha a próxima
idéia revolucionária.
Vitória,
segunda-feira, 29 de março de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário