O Mundo Visto como
Árvore de Acumulação
Veja em cima um
ponto, dele saindo uma reta, que se abre então à esquerda e à direita, para
frente e para trás, em vários ritmos – uns mais precoces e outros mais lentos,
formando então uma árvore emborcada, de cabeça para baixo, onde está o futuro
(ou o contrário, se você quiser; mas desejo usar depois a gravidade inerente
como o impulso acumulador que abre a soma zero inicial em pares polares
opostos/complementares em conflito e conciliação).
Porque, veja, usando
o acaso como técnica de olhar, deixando de lado as necessidades humanas que
parecem conduzir solitariamente essa acumulação, veremos que há tensões
próprias DE TRAJETO, ou seja, de percurso, criando nós ou esferas de tensões
que dificultam o andamento dos projetos ou o estabelecimento de paradigmas de
maior rendimento. Emperram, por assim dizer. Engastalham, travam e endurecem,
enrijecem. Tudo devia fazer-se árvore com equilíbrio, indo todos no mesmo plano
horizontal do presente, mas uns se adiantam rumo ao futuro, enquanto outros se
atrasam rumo ao passado (você pode ver a árvore ao contrário, como disse,
apenas trocando estes sinais; na posição natural os galhos cairiam). Aqui vamos
ver os galhos se desprendendo e indo rápido demais para baixo, deslocando-se do
real do ritmo médio; e outros ficam para trás. Qual é a MÉDIA DE REALIDADE?
Será aquela em volta da qual estiver concentrado o maior número de
crescimentos.
E veja que nós não
temos mecanismos automáticos mensuradores dessas tensões. Dependemos que alguém
de alguma universidade ou instituto ou escritório dos governempresas se
disponha a notar os eventos e sua acumulação potencialmente desastrosa,
desalinhadora dos astros ou modelos. A Academia não proporcionou programáquinas
que façam a mensuração automática das tensões dos nós que dificultam o andar
CONJUGADO dos pares polares. Assim, as linhas de crescimento se separam, se
rebentam, se dilaceram porque não existe um ROTEADOR DE MÉDIA, alguém que diga
qual é o projeto geral. Não que se vá impedir que os mais avançados caminhem,
de jeito nenhum, é um patrimônio da espécie racional; apenas esses valores
devem ser harmonizados com a média (e os mais atrasados auxiliados, puxados
para ela).
Vitória,
terça-feira, 30 de março de 2004.
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