sexta-feira, 2 de junho de 2017


O Funcionamento dos Sarcófagos

 

                            Se existiam os tais sarcófagos propostos na trilha da coletânea Adão Sai de Casa, qual seria a lógica de seu funcionamento?

                            Já vimos que devia ter um gel. Na FC as pessoas apenas se deitam dentro dele, às vezes com uma rede cobrindo o corpo, mas em geral sem nada. Entretanto, não pode ser assim, porque o oxigênio é corrosivo e, além disso, ao longo do tempo podem entrar insetos ou germens que ataquem o corpo. Estamos falando de tempos longos, anos e até milhares de anos, como seria necessário aos atlantes emparedados nas pirâmides e a Adão, supostamente posto em Kitami-Esashi, Hokkaido, Japão, 45º Norte, há 4,82 mil anos.

                            Então, deve ter esse gel protetor. Como ele funcionaria? Deve ser bastante duro para impedir a entrada dos indesejados, mas se for completamente duro a pessoa não poderá entrar; então deve ser mole quando a pessoa entre e endurecer depois que ela assentar. Isso seria necessário também para conter as grandes variações dos vetores gravitacionais, tantos G’s de aceleração e desaceleração. Daí que quando o vejamos pela primeira vez nos filmes Adão deve entrar num líquido que irá endurecendo, parecendo ao final uma cera com um corpo dentro, dura como pedra. E se um inseto tentar furar ele deve ser sedado, de forma que é um gel inteligente, separando entre o corpo contido (que não pode ser envenenado) e os intrusos, que serão congelados. E ao chegar deve amolecer para o usuário sair.

                            E a energia do sarcófago? Pois a MIC ou Chave do SER (memória, inteligência e controle ou comunicação ou capacidade de verbabilização) será contida por Chave do TER ou MEI (matéria, energia e informação). Falamos do gel, que é matéria, faltando ainda fonte alimentadora de energia e a corrente de informação que administra o sarcófago. Ele é complexo, necessariamente, como estamos vendo, e não é àtoa que não sejamos capazes de fazer um ainda. Devia mesmo ser tecnociência divina, que Deus cedeu a Adão e Eva para sua viagem, junto com a Grande Nave e a nave pequena. Não é trivial e ao imaginá-lo os magicartistas devem consultar os tecnocientistas, para tornar a coisa convincente nos detalhes pontuais, nas mínimas abordagens, de forma a colocar o espectador a raciocinar sobre possibilidades, como se o sarcófago fosse real, existisse mesmo em algum lugar, alhures na Terra.

                            Vitória, domingo, 21 de março de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário