Gavempresas
Tardiamente, já
perto dos 50 anos me vi na condição de, não tendo casa, carro, ações ou
quaisquer posses, fora a moto que está em nome de Gabriel, pensar nos filhos,
ele e Clara. Já faz um tempo, venho vendo as coisas que estou escrevendo nestes
livros não apenas como diálogos (que dos monólogos da escrita solitária se
farão, quero crer) com as pessoas do mundo como também como instruções aos meus
filhos e conselhos aos amigos, se os quiserem. Penso agora em fazer dinheiro, a
que me rendo tão tarde quanto pude esperar, sendo anarco-comunista. Mas o mundo
é este, não outro, não posso aguardar mil anos até que melhor tempo se faça – é
preciso construir com os materiais sofríveis disponíveis ou ainda nem
disponíveis de agoraqui.
UMAS COISAS JÁ
FORAM DITAS
·
Gafé: um Gava-café espalhado pelo mundo
inteiro. Como se parece com Gafe, pode-se usar isso para falar de todas as
gafes que são cometidas;
·
G/Avião: uma empresa aérea;
·
Várias
outras que podem ser construídas a partir de Gava e G: Gaminhão, Garro,
Gaviagens, todas essas coisas;
·
Várias
que não tem relação com Gava ou G; etc.
As
pessoas ficam com dó da incompetência de fulano em enriquecer e com ódio ou
inveja quando ele finalmente “se apruma” e volta-se para aquilo que todos
quiseram ter e tiveram quase todo o tempo, por décadas. Tal é o mundo,
infelizmente. Julgamento, de um jeito ou de outro. Enfim, se nossas famílias
enriquecerem, apenas faz parte do mundo. Infelizmente estaremos incrementando a
separação, o que é uma pena, pois a riqueza não passa de um índice de
distanciamento. Mas há também o lado racionalizante de que com nossas vontades
quiçá poderemos implementar uns modos novos e revolucionários de SER e de TER,
mais compassivos com as pessoas e os ambientes todos do mundo, mais avançados em
todos os sentidos. É o que espero e desejo.
Vitória,
segunda-feira, 19 de abril de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário