Educação
Sob Medida
UM QUADRO DO TEMPO
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FAIXA
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DURAÇÃO (ANOS)
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Primeiro grau
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Oito (8)
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Segundo grau
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Três (3)
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Universitário
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Cinco (5)
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Mestrado
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Dois (2)
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Doutorado
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Quatro (4)
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Pós-doutorado
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Quatro (4)
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A complexidade não é proporcional, nem as durações dos
cursos. Se pudéssemos atribuir o dobro de complexidade ao segundo em relação ao
primeiro grau seria fácil: então colocaríamos 1 para o primeiro, 2 para o
segundo, 4 para o terceiro e assim por diante até 32. Se as durações fossem
proporcionais invertidas, teríamos X para o primeiro grau, X/2 para o segundo,
etc. Mas não temos nada disso porque a educação, como tudo na Terra, é natural,
vem da evolução, do trânsito do acaso, e não da necessidade; então acontece por
qualquer caminho lógico e não O MAIS LÓGICO, que seria a reta entre dois
pontos, o caminho mais curto entre eles. Então, estamos na situação em que
ainda precisamos medir a complexidade, pegando alunos da mesma faixa de QI para
ver quantos problemas resolvem de disciplina resolvíveis de cada série
(matérias de memorização não servem, não apelam à inteligência). Pode ser que,
utilizando critérios ou racionalidade, cheguemos à conclusão de que as oito
séries do primeiro grau deveriam ir somente até a quinta ou sétima, ou se
estenderem mais, não sabemos. Porque a pergunta é esta: quem escolheu oito
anos? Foi o enjambramento geo-histórico, por assim dizer, a soma das
preferências GH dos conjuntos, não foi terem meditado na utilidade, inclusive
contra a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas. De fato,
nem a tecnociência nem ninguém estudou a fundo a questão. Quando nada, se
tivéssemos indicações de GRAUS DE COMPLEXIDADE (1, 2, 4, 8 ...) as famílias, os
alunos, os professores poderiam se preparar melhor para dar e receber. Agora,
como está, as crianças vão passando de ano, apenas se deparando com as
matérias, sem qualquer aviso, porque alguém decidiu colocar uma lista caótica
de ofertas temporais do tipo 8, 3, 5, 2, 4 e 4. E isso na Educação geral, um
dos pontos mais sensíveis da nossa existência coletiva.
Vitória, quarta-feira, 14 de abril de 2004.
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