domingo, 18 de junho de 2017


Classes Adolescentes

 

                            Já vimos que a adolescência é a faixa mais interessante de qualquer vida humana, mais do que a dos bebês até; é uma fase violentíssima em todos os sentidos, mas principalmente em termos de aprendizado, de perda e de ganho de valores.

                            NADA é mais interessante que isso.

                            Caberia aqui reunir os próprios adolescentes - não para serem criticados como aborrecentes ou enjoados - com todas as forças vivas da coletividade: professores, psicólogos, pais e mães, os dirigentes dos AMBIENTES (dos municípios/cidades, estados, nações e mundo), todos teriam demais a aprender. Se soubermos resolver os problemas dos bebês e dos adolescentes nada mais nos atrapalhará.  Os problemas que temos como adultos e que se vão multiplicando em confusões infindáveis são plantados na mais tenra infância ou na adolescência. Não existem outros.

                            Até os sete anos estamos a maior parte do tempo inconscientes e dessa faixa derivam problemas que nos afetam inconscientemente, para os quais precisamos de tratamentos mais profundos. Dos 08 aos 18 anos é que aparecem aqueles problemas que conscientemente podemos resolver. Então, resolvamos os conscientemente acessíveis da adolescência e consigamos recursos extraordinários com os psicólogos para resolver os dependentes de investigações mais profundas.

                            Concentremos nossas forças em resolver o resolvível.

                            Se, como deve ser, a adolescência é tão mais interessante que tudo mais, concentremos nossos esforços em sobrelevar essa faixa de idade, porque é o estudo dela, principalmente, que proporcionará soluções para toda a vida adulta humana.

                            Se governos e empresas, se ambientes e pessoas se interessarem em sentar e estudar detidamente ano após ano a quadra da adolescência, fazendo incidir sobre ela todos os elementos das potências humanas, concentrando nossos esforços, focando nossa atenção nisso, com toda devoção, é certo que daremos muitos passos importantes em poucos anos. Essa é a grande chave que abrirá todas as portas, dependendo depois somente do estudo dos problemas criados pela mente do bebê, o que já está num campo muito mais difícil. Pelo menos o adolescente, com ajuda, pode falar com maior ou menor competência dos conflitos.

                            Vitória, segunda-feira, 17 de maio de 2004.

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