Banco de Jornal
Já que bancos se
tornaram organizações tão poderosas, ademais ligadas potencialmente a toda a
mídia (TV, Revista, Livro/Editoria, Rádio e Internet – a Globo, no Brasil,
transita em todas as áreas da mídia, só não tem um banco próprio). A circulação
de jornais no Japão é imensa, de vários milhões os maiores.
Podemos em nossa
aproximação da S/E (socioeconomia) imaginar uma época em que tenhamos jornal
com banco associado, sendo o jornal não apenas um divulgador geral como
especificamente um divulgador-vinculado, podendo a dupla tanto ser entendida
como um banco que tem um jornal anexo e como um jornal que tem um banco anexo,
sem qualquer contemplação ou facilidade especial para com o outro lado da mesma
moeda, ou seja, tratando com verdadeira rudeza os erros (e deixando os elogios
por conta de terceiros).
Um jornal que ligue
o banco aos pólos da Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio
e serviços), sendo este o coração que bate por eles, alimentando-os de recursos
e informações privilegiadas, investindo em tudo isso de uma posição superior. Porque
pude entender no modelo que o banco é agenciador de info-controle
(informação-e-controle ou comunicação ou capacidade de verbalizar), o coração
que vitaliza a socioeconomia ou produçãorganização, injetando e tirando
alimentação. O elemento informador, o jornal, pode se expandir para os demais
elementos de mídia ou transferência de IC até tornar-se uma vasta rede capilar,
das pessoas para a instituição-dupla e de volta do banco até elas, fazendo isso
que nunca foi feito antes, biunivocamente, um laço de dupla via. Um jornal
mantido pelo banco, atingindo todo o conjunto (município/cidade, estado, nação,
mundo). Por exemplo, se fosse Jornal BB (do Banco do Brasil), atingiria os 5,5
mil municípios, os milhares de bairros e distritos, todos os caixas 24 horas;
não gratuitamente, mas como jornal mesmo, vendido e comprado, só que associado
ao banco, contando coisas a que os outros jornais não teriam acesso. E, é
claro, protegendo o banco de ataques indevidos e despudorados. As propagandas
do banco tanto poderiam ser veiculadas através do jornal quanto não; desde que
ambas as diretorias não estivessem conflitando, sim.
Havia antes essa
separação entre os vetores de negócios, que acho completamente inoportuna e
incorreta. Eles podem e devem conviver e não são atividades imiscíveis, porque
evidentemente as diretorias serão diferentes.
Vitória,
segunda-feira, 05 de abril de 2004.
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