A Tentação
da Ficção Tecnocientífica
Depois de ter lido
livros de FC (ficção científica) durante décadas posso repassar a você uma
lista (talvez incompleta; se eu esquecer algo, acrescente) das coisas que
estavam lá.
MAS QUE TENT/AÇÃO (ato
permanente de tentar)
·
Antigravidade;
·
Câmara
de estase, aquela em que se pode dormir séculos sem envelhecer;
·
Campos
de força, e assim por diante;
·
Cornucópia,
que vem das lendas, na FC rebatizada de processador de alimentos, capaz de
produzir tudo que você peça (e há um, mais completo, que produziria
absolutamente tudo, alimento ou não);
·
Moto
perpétuo, que não precisa de abastecimento de energia, girando para sempre;
·
Robôs,
androides e ciborgues;
·
Teleportador,
aquele de Jornada nas Estrelas;
·
Transmutador
de metais, podendo transformar qualquer metal vulgar em precioso (ouro, prata,
platina) – os alquimistas tentaram esse;
·
Viagens
hiperluminais, a velocidades acima daquela da luz no vácuo.
Ora, as coisas que a tecnociência tem feito são
maravilhosas, mas nada se compara a isso. Vemos que a Magia e a Arte sempre
ganham da Ciência e da Técnica e por mais que estas nos apresentem portentos
aquelas sempre levam a palma. Porque a humanidade tem aqueles sonhos? Se a
guerra é a continuação da diplomacia por outros meios, a TC é a continuação da
Magia, e as coisas com que sonhamos agora na FC são aquelas mesmas que os
“deuses” de outrora tinham, segundo a Magia – ponto por ponto. É um paralelo
notável. A Magia simplesmente atualizou os sonhos, emparelhando-os com os
tempos modernos através da tecnociência. Na realidade os sonhos continuam os
mesmos há milhares de anos. Por quê continuamos a sonhar com aquelas coisas?
Vitória, terça-feira, 20 de abril de 2004.
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