sábado, 10 de junho de 2017


A Tentação da Ficção Tecnocientífica


 

                            Depois de ter lido livros de FC (ficção científica) durante décadas posso repassar a você uma lista (talvez incompleta; se eu esquecer algo, acrescente) das coisas que estavam lá.

                            MAS QUE TENT/AÇÃO (ato permanente de tentar)

·        Antigravidade;

·        Câmara de estase, aquela em que se pode dormir séculos sem envelhecer;

·        Campos de força, e assim por diante;

·        Cornucópia, que vem das lendas, na FC rebatizada de processador de alimentos, capaz de produzir tudo que você peça (e há um, mais completo, que produziria absolutamente tudo, alimento ou não);

·        Moto perpétuo, que não precisa de abastecimento de energia, girando para sempre;

·        Robôs, androides e ciborgues;

·        Teleportador, aquele de Jornada nas Estrelas;

·        Transmutador de metais, podendo transformar qualquer metal vulgar em precioso (ouro, prata, platina) – os alquimistas tentaram esse;

·        Viagens hiperluminais, a velocidades acima daquela da luz no vácuo.

Ora, as coisas que a tecnociência tem feito são maravilhosas, mas nada se compara a isso. Vemos que a Magia e a Arte sempre ganham da Ciência e da Técnica e por mais que estas nos apresentem portentos aquelas sempre levam a palma. Porque a humanidade tem aqueles sonhos? Se a guerra é a continuação da diplomacia por outros meios, a TC é a continuação da Magia, e as coisas com que sonhamos agora na FC são aquelas mesmas que os “deuses” de outrora tinham, segundo a Magia – ponto por ponto. É um paralelo notável. A Magia simplesmente atualizou os sonhos, emparelhando-os com os tempos modernos através da tecnociência. Na realidade os sonhos continuam os mesmos há milhares de anos. Por quê continuamos a sonhar com aquelas coisas?

Vitória, terça-feira, 20 de abril de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário