A Revoada dos Deuses
Naquele período
feliz entre 3,75 (quando Adão chegou ao planeta) e 2,82 mil antes de Cristo,
nos 930 anos em que viveu, proveu segurança e conforto a todos, pulso firme,
direção e sentido à Cidade Celestial, tudo era felicidade na Tróia Olímpica, e
foi nessa era de construção e expansão e de difusão da civilização em que os
“deuses”, os descendentes adâmicos ou celestiais da Casa Grande ficavam àtoa
quase todo o tempo - ou assim parecia aos servos, que não compreendiam suas
tarefas e estudavam em outras escolas, para sapiens e humanos mestiços (de
atlantes e sapiens), siga a trilha da coletânea Adão Sai de Casa – é que as revoadas se deram, minguando depois.
Depois de 2,75 mil
tudo foi decadência, especialmente nos 500 anos finais (quatro quartos de cinco
séculos, dois mil anos, de 3,75 a 1,74 mil a.C.), mas naqueles tempos da Idade
de Ouro os deuses podiam fazer muito com a ajuda de Adão e das máquinas que
havia trazido na nave pequena e na Grande Nave (que fica fora da Terra). Então,
nos horários de folga da escola e das tarefas, especialmente nas épocas festivas
os deuses saltavam da Montanha Celestial em aparelhos aproximados das atuais
asas-delta, voando muitos quilômetros ao redor ao sabor dos ventos ascendentes
que vinham das planícies quentes em volta de Uruk. Eram revoadas e revoadas,
pois as famílias já eram vários milhares enchendo os céus com asas de todas as
cores que representavam as várias famílias, conforme sua proximidade com Adão e
Eva. Não entregavam a construção aos servos porque esses não fariam bem. Eles
mesmos confeccionavam e faziam-nas belíssimas, cada uma mais bonita que a outra
(os tecnartistas devem gastar grande tempo imaginando as soluções), voando
sozinhos ou com as crianças, raramente caindo, só uma queda em muitas décadas
ou até séculos, porque eram cuidadosos e engenhosos, enquanto Adão viveu.
Os servos postados
na Montanha ou nas planícies quase choravam de prazer de ver a Ascensão dos
Deuses, sinal inequívoco de que os celestiais contavam com o favor do Grande
Senhor Adão e mais distante ainda com o de Deus. Riam e gargalhavam de
admiração, incapazes de pensar como podia ser de os “deuses” voarem nos céus.
Batiam palmas, corriam, rezavam e lá iam as milhares de asas. Depois iam, em
carros e carroças, buscar os ocupantes e as tralhas todas.
Vitória, sábado, 27
de março de 2004.
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