quarta-feira, 7 de junho de 2017


Vulcões no Balde

 

                            Seguindo o Modelo do Balde, olhemos dentro do parabolóide de rotação gerado pela rotação do balde em torno de um ponto, preso pela corda, contendo no interior toda e no centro do centro, quando conseguirmos modelar, a Vida-Racional. A relação dos elementos (gasosos, líquidos, sólidos, plasmas e suas derivações) gera uma quantidade incrível de possibilidades, não apenas na Terra como também nos demais planetas, satélites, meteoritos, etc., todos os objetos de um sistema estelar, inclusive o interior em fusão da estrela, no caso nosso o do Sol. Em particular a energia contida quer vazar, pois um dos dois pólos polares opostos/complementares contenção/liberdade nos diz que as coisas todas querem sair de suas contenções (e voltar a elas, igualmente, 50/50, soma zero). A energia quer sair, que ser liberada de sua prisão, seu impulso natural físico/químico é emergir. Faz isso, tradicionalmente, pelas fissuras, que são linhas, como na Cadeia Meso-Atlântica, a cadeia de montanhas donde emerge lava continuamente, e por cones vulcânicos, que permitem a vazão pontual. Às vezes supervulcões vão muito além de pontos, explodem verdadeiros planos do tamanho de estados (embora fenômenos muito raros – devem existir no máximo doze deles na Terra, nove nos oceanos e três nas terras emersas).

                            Os tecnartistas têm, a pedido dos pesquisadores, criado várias imagens que vemos em Atlas e globos, mostrando os interiores de vulcões como são imaginados, mas naturalmente isso é insatisfatório, porque não existe nada de inesperado, nem para eles nem para nós leigos. O que se coloca é o máximo de visão do cientista, do geólogo, nunca extrapolando, nunca indo além, porque nada é gerado fora da cabeça do investigador. Se houvesse um programáquina automático ele geraria visões díspares das que temos tido em muitos pontos. Ele nos instruiria, tanto estudantes quanto a gente formada do setor. Nós os veríamos nas paredes do parabolóide. Desde que pudéssemos girar a pseudo-esfera dentro do balde, o interior mudaria de lugar, PASSANDO PELO PARABOLÓIDE, com o que veríamos o funcionamento do vulcão “ao vivo”, quer dizer, acontecendo em virtual, bem diante dos nossos olhos. Poderíamos parar a demonstração, acelerá-la, ver os efeitos de superfície e de profundidade, uma quantidade de coisas que não temos podido olhar.

                            Vitória, sábado, 03 de abril de 2004.

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