quarta-feira, 14 de junho de 2017


O Propósito do Dicionário

 

                            Dizem que o povo usa somente 800 palavras para se comunicar.

                            Partindo disso, imaginei colocar o modelo a serviço dessa fração nacional, sendo o pensamento central este: como a lógica é esse elemento com que todos nascem, se as condições especiais de vida sujeitam uns, no mundo dos literatos e dos intelectuais, à submissão em razão da dificuldade de domínio dos grandes dicionários de milhares de palavras, garantamos ao povo o PLENO DOMÍNIO de algumas centenas, de modo que, não necessitando memorizar a ortografia de amedrontadoras centenas de milhares de vocábulos pelo menos tenham certeza dessas poucas e possam usá-las com COMPLETA CONVICÇÃO.

                            Assegurando-se o mínimo, algo de irredutível, pode-se avançar para áreas maiores que serão as da percepção mais avantajada das letras, das literaturas, das leis, das constituições, dos direitos e deveres, das relações de classe, das potências promovíveis, que se podem promover; e desde aquele ponto inicial, espraiando-se à volta, conquistar novas admissões, indo longe e criando uma nova relação com a burguesia dominante, tanto a fração nacional da BD quanto a internacional. Então, primeiro desde o ponto inconquistável das certezas mínimas avançar palmo-a-palmo para chegar a mais permissões por meio de imposições.

                            RESUMINDO

1.       Pleno domínio de algumas centenas de palavras, com completa convicção de uso;

2.      Avanço seguro para novas percepções;

3.      Compreensão das relações com o capitalismo;

4.     Tomada de posições consequentes;

5.      Exigências e nova vida.

O professor-doutor RC, agora vice-reitor da UFES, deu uma idéia muito boa, de estender tal mini-dicionário ao mundo inteiro, fazendo as traduções nas principais línguas (que, juntas, montam mais de dois bilhões de falantes). Colocando-se uma figura, memorizando apenas 800 delas o D/800 pode ser usado no planeta todo: olhar a figura, falar a palavra fonética.

Vitória, sexta-feira, 23 de abril de 2004.

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