O Propósito do
Dicionário
Dizem que o povo usa
somente 800 palavras para se comunicar.
Partindo disso,
imaginei colocar o modelo a serviço dessa fração nacional, sendo o pensamento
central este: como a lógica é esse elemento com que todos nascem, se as
condições especiais de vida sujeitam uns, no mundo dos literatos e dos
intelectuais, à submissão em razão da dificuldade de domínio dos grandes
dicionários de milhares de palavras, garantamos ao povo o PLENO DOMÍNIO de
algumas centenas, de modo que, não necessitando memorizar a ortografia de
amedrontadoras centenas de milhares de vocábulos pelo menos tenham certeza
dessas poucas e possam usá-las com COMPLETA CONVICÇÃO.
Assegurando-se o
mínimo, algo de irredutível, pode-se avançar para áreas maiores que serão as da
percepção mais avantajada das letras, das literaturas, das leis, das
constituições, dos direitos e deveres, das relações de classe, das potências
promovíveis, que se podem promover; e desde aquele ponto inicial, espraiando-se
à volta, conquistar novas admissões, indo longe e criando uma nova relação com
a burguesia dominante, tanto a fração nacional da BD quanto a internacional.
Então, primeiro desde o ponto inconquistável das certezas mínimas avançar
palmo-a-palmo para chegar a mais permissões por meio de imposições.
RESUMINDO
1. Pleno domínio de algumas centenas de
palavras, com completa convicção de uso;
2. Avanço seguro para novas percepções;
3. Compreensão das relações com o
capitalismo;
4. Tomada de posições consequentes;
5. Exigências e nova vida.
O professor-doutor RC, agora
vice-reitor da UFES, deu uma idéia muito boa, de estender tal mini-dicionário
ao mundo inteiro, fazendo as traduções nas principais línguas (que, juntas,
montam mais de dois bilhões de falantes). Colocando-se uma figura, memorizando
apenas 800 delas o D/800 pode ser usado no planeta todo: olhar a figura, falar
a palavra fonética.
Vitória, sexta-feira, 23 de abril de
2004.
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