sexta-feira, 16 de junho de 2017


Jogos dos Olímpicos


 

                            Estão realizando agora em 2004 os Jogos Olímpicos novamente na Grécia depois de mais de 100 anos, tendo recomeçado lá em 1896, promovidos os primeiros dos tempos contemporâneos em Atenas pelo barão Pierre de Coubertin. Se tivesse acontecido o evento em 1996 teria sido aos 100 anos, mas infelizmente não coincidiu, não foram os 25º e sim os 27º Jogos.

                            Acho que os gregos originais, os antigos gregos copiaram tudo dos olímpicos, os moradores da Cidade Celestial. Que jogos os olímpicos praticaram? Em primeiro lugar é preciso pensar em sua motivação. Eles eram milhares, sem qualquer ocupação produtiva no sentido corriqueiro de plantar, colher, limpar chão – ficavam pensando no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral e na criação da civilização original. Praticavam ginástica, divertiam-se, andavam a cavalo, cozinhavam por recreação, criaram as tecnartes iniciais, desenvolveram o corpo em ginásios e academias atlantes, faziam calistenia, deram origens às artes marciais que passaram depois por chinesas e japonesas e assim por diante. NUNCA faziam trabalho braçal.

                            Depois, é preciso saber como eram seus corpos e mentes.

                            Os corpos tinham sido MUITO aprimorados daqueles dos sapiens, de modo que os limites seriam mais ou menos os mesmos, mas com maiores potências: ossos mais leves, mais músculos, maior elegância. Maior potência relativa a peso, podendo mais que nós, com esses corpos pesados que temos. E as mentes, criadas sobre as sapiens, comportavam as expectativas de Adão e Eva, seus geradores de autoprogramas (GAP), de modo que o que eles pretendiam fazer como sendo desafiante é diferente do que pensamos ser, agoraqui.

                            De maneira que a menos de muita atenção aqui pode haver armadilha representativa. Os tecnartistas devem ter cuidado ao criar os jogos de vários milhares de anos atrás, quatro a cinco mil, ou mais. Será que lhes interessaria atirar martelo? E os gestos seriam os mesmos? Já que a “superioridade” era só representativa, não visava suplantar inicialmente ninguém (na fase de decadência, que os gregos copiaram, sim), eles deviam “levar tudo na flauta”, apenas como demonstração ao rei e à rainha da Casa Grande, Adão e Eva. Tudo muito elegante, divertido e leve.
                            Vitória, quinta-feira, 06 de maio de 2004.

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