Historiadores, que
Foram Treinados para Trair
Vimos neste Livro
83, em A Guerra pelo Presente, que
uma guerra está em curso, sendo seu objetivo o de se apoderar das memórias da
humanidade, que estão FALSAMENTE estocadas no passado ou na história, em vários
planos pseudogeográficos, feitas a partir do presente onde se travam as
batalhas geográficas. Porisso as burguesias e as elites tentam diminuir a
geografia para, tornando-a menor, fazê-la desinteressante, desviando a atenção
dos pretendentes a revolucionários.
Vimos também que os
historiadores, tanto quanto os geógrafos, são psicólogos, os primeiros do tempo
ou passado, os segundos do espaço ou presente. Idealmente os geo-historiadores
estariam estudando Psicologia (aprendendo psicanálise ou tecnociência das
figuras, pesquisando psico-síntese ou T/C dos objetivos, analisando economia ou
T/C das produções, investigando sociologia ou T/C das organizações e, por fim,
mas mais importante, o espaçotempo ou modo de acumular
consciência/inconsciência via língua – assim, a formação dos GH deveria ser
sêxtupla: em psicanálise, em psico-síntese, em economia, em sociologia, em
geo-história e em lingüística; na realidade deveríamos acrescentar direito,
prateoria geral do apossamento da lei; administração, condução central das
produções-organizações; contabilidade, matemática do escamoteamento fiscal,
etc.). Em resumo, a formação dos GH é simplória, exatamente porque sendo a GH
elemento central, que dá conta DO QUÊ pelo lado do espaçotempo psicológico, é
deixada em banho-maria, cozinhando muito tempo na inércia e na inépcia. Aí
reside a grande sabedoria instintiva, não-pensada, das elites e das burguesias
– elas reduzem a quase zero aquilo que se tomado pelo povo haveria de provocar
grandes transtornos na dominância.
Assim, os
historiadores, mais que quaisquer uns, são treinados para trair: a) a sua
consciência, tornando-se inconscientes ou alienados, racionalmente
alucinados, que espontaneamente perderam a luz; b) o povo, do qual tiram a
memória, reduzindo-a ao gosto das elites; c) a mais longo prazo, porque ao
apequenarem a verdade suprimem futuro ou aptidão, às elites mesmo.
É preciso, portanto,
que uma nova geração de historiadores SE CONSTRUA do nada, a partir do zero e
menos que zero, da compreensão que o presente treinamento é o da traição.
Vitória,
terça-feira, 15 de junho de 2004.
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