segunda-feira, 26 de junho de 2017


Historiadores, que Foram Treinados para Trair

 

                            Vimos neste Livro 83, em A Guerra pelo Presente, que uma guerra está em curso, sendo seu objetivo o de se apoderar das memórias da humanidade, que estão FALSAMENTE estocadas no passado ou na história, em vários planos pseudogeográficos, feitas a partir do presente onde se travam as batalhas geográficas. Porisso as burguesias e as elites tentam diminuir a geografia para, tornando-a menor, fazê-la desinteressante, desviando a atenção dos pretendentes a revolucionários.

                            Vimos também que os historiadores, tanto quanto os geógrafos, são psicólogos, os primeiros do tempo ou passado, os segundos do espaço ou presente. Idealmente os geo-historiadores estariam estudando Psicologia (aprendendo psicanálise ou tecnociência das figuras, pesquisando psico-síntese ou T/C dos objetivos, analisando economia ou T/C das produções, investigando sociologia ou T/C das organizações e, por fim, mas mais importante, o espaçotempo ou modo de acumular consciência/inconsciência via língua – assim, a formação dos GH deveria ser sêxtupla: em psicanálise, em psico-síntese, em economia, em sociologia, em geo-história e em lingüística; na realidade deveríamos acrescentar direito, prateoria geral do apossamento da lei; administração, condução central das produções-organizações; contabilidade, matemática do escamoteamento fiscal, etc.). Em resumo, a formação dos GH é simplória, exatamente porque sendo a GH elemento central, que dá conta DO QUÊ pelo lado do espaçotempo psicológico, é deixada em banho-maria, cozinhando muito tempo na inércia e na inépcia. Aí reside a grande sabedoria instintiva, não-pensada, das elites e das burguesias – elas reduzem a quase zero aquilo que se tomado pelo povo haveria de provocar grandes transtornos na dominância.

                            Assim, os historiadores, mais que quaisquer uns, são treinados para trair: a) a sua consciência, tornando-se inconscientes ou alienados, racionalmente alucinados, que espontaneamente perderam a luz; b) o povo, do qual tiram a memória, reduzindo-a ao gosto das elites; c) a mais longo prazo, porque ao apequenarem a verdade suprimem futuro ou aptidão, às elites mesmo.

                            É preciso, portanto, que uma nova geração de historiadores SE CONSTRUA do nada, a partir do zero e menos que zero, da compreensão que o presente treinamento é o da traição.

                            Vitória, terça-feira, 15 de junho de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário