A Riqueza do IBGE
A FIBGE (Fundação
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) declarou em abril/2004
perante o estarrecido povo brasileiro que no Brasil quem ganha mil e duzentos
reais (cerca de 400 dólares) ou mais é RICO. Além de expropriar as elites, as
burguesias gozam a gente.
Do outro lado da
presumida riqueza do IBGE está o jogador Roberto Carlos, que declarou faz
alguns anos não saber como as pessoas fazem para viver com menos de TRINTA MIL
REAIS (agora dez mil dólares, mas na época bem mais – vá procurar).
Este é o Brasil que
vai para frente.
Ressalta segundo as
estatísticas (é falso, porque essas são as rendas declaradas, não são as reais
– uma grande parte da população faz “bicos” e a sonegação é de 60 % das
informações ou mais) que 70 % ganham (oficialmente) até três mínimos (em torno
de 720 reais), mínimo até ontem - 30 de abril - de 240 reais (cerca de 80
dólares, um dos menores do mundo), hoje, 01 de maio aumentado para exorbitantes
260 reais pelo governo Lula dos trabalhadores. Só 10 %, parece, ganham mais de
1.200. Veja que canalha é a burguesia daqui. Ou seja, as pessoas declaram uma
coisa e fazem outra. É tudo falso, horrendamente pervertido, sujo, podre.
Mentiras das elites e das burguesias (não é a mesma coisa), mentiras do povo,
mentiras dos operários, mentiras dos governos, mentiras de quase todos, menos
os 2,5 % irredutíveis, segundo o modelo.
O IBGE veio a
público reparar que não é 1.200 para quem tem família e sim para quem vive
sozinho. Ora, 400 dólares no mundo inteiro é salário de fome, mas nesse
Brasil-IBGE é salário de rico. Como entender isso, se não percebermos que
depois de 1991 e do fim da URSS as elites e as burguesias se tornaram muito
mais debochadas e abusadas?
Então, nós que
ganhamos 7,5 mil somos o quê? Bilionários, acho. Isso dá em torno de 2,5 mil
dólares, uns 35 mil por ano, que nos EUA é salário médio, pouco acima do PIB
percapita. Está mais do que claro para mim que desejo trocar as coisas que
produzi com os estrangeiros. As elites e as burguesias daqui que se fodam e
morram à míngua, para sempre vivendo no atraso e na miséria relativa, até que o
povo se rebele e destroce a todas elas.
Vitória, sábado, 01
de maio de 2004.
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