A Presença
de Jesus
Vejo as pessoas
reclamando o tempo todo a presença de Jesus, mas a lição mais importante dele,
“amai-vos como eu vos amei”, isto é, divinamente, profundamente, não é
obedecida. Não estão esperando a presença dele, mas o susto de Deus baixar na
Terra, o imenso, incompreensível acontecimento, a fama.
Pois
se Jesus não morreu, se ainda está vivo ele está por aí como corpo e como alma
ou na Terra ou fora dela. E metaforicamente está em cada pessoa. Não obstante,
se Jesus está na Terra e se está idealmente em cada pessoa (indivíduo, família
, grupo e empresa) as pessoas deveriam se amar. Ainda mais, deveriam se amar
divinamente, à maneira de Cristo, com sua profundidade característica – e não é
isso que vejo. Eu mesmo fui odiado e odiei os que me atacaram sem provocação.
Vejo
praticado todo tipo de atrocidade.
Não
somente guerras, mas todo tipo de atrocidade menor, se assim podemos dizer:
furtos, roubos, espancamentos, traições, todo tipo de pecado mortal, que não
pode ser perdoado pelos humanos, só por Deus, e venial, que pode. Evidentemente
as pessoas deploram aqueles romanos e judeus que crucificaram Cristo, sem saber
que eles somos nós, em nossos atos e gestos diários, ao longo de toda uma vida.
Que aqui estamos nós pregando Jesus na Cruz geral com nossas ações miseráveis e
mesquinhas, com nossas preocupações infantis. E estamos agindo contra todo
iluminado: Buda, Moisés, Maomé, Gandhi, Vardamana, Zoroastro, Abraão, Lao Tsé,
Confúcio e outros.
Colocados
os iluminados, quão distantes estamos deles e de suas pregações? De Jesus
também ou até mais, inclusive ou principalmente os cristãos, os rezadores
católicos e os oradores protestantes. Temos sido umas criaturas lastimáveis,
chorando pela idéia de Deus e negando-a na prática em tudo que fazemos.
Vitória,
segunda-feira, 10 de maio de 2004.
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