segunda-feira, 14 de agosto de 2017


Os Conselhos do Raposa

 

                            Como Fox em inglês é “raposa”, podemos usar assim.

Estando no terceiro período de engenharia mecânica na UFES Gabriel faz mecânica dos fluidos, tendo sido adotado o livro Introdução à Mecânica dos Fluidos, 5ª edição, Rio de Janeiro, LTC, 2001 (sobre original britânico de 1998), dos autores Fox & McDonald, que dizem na página 1, Capítulo 1, Introdução:

                            “Você deve evitar a tentação de adotar métodos demasiadamente simplificados nessas resoluções, pois eles podem simplesmente não funcionar. Recomendamos que você proceda utilizando os seguintes passos lógicos:

1.     Declare de maneira breve e concisa (com suas próprias palavras) a informação dada;

2.    Defina a informação desejada.

3.    Faça um desenho esquemático do sistema ou do volume de controle a ser usado na análise. Certifique-se de assimilar as fronteiras do sistema ou do volume de controle e as direções apropriadas das coordenadas.

4.   Apresente a formulação matemática das leis básicas que você considera necessária para resolver o problema.

5.    Relacione as hipóteses simplificadoras que você considera apropriadas ao problema.

6.   Complete a análise algebricamente, antes de introduzir valores numéricos.

7.    Introduza os valores numéricos (usando um sistema consistente de unidades) a fim de obter uma resposta numérica.

·     Referencie a fonte de valores para as propriedades físicas.

·     Certifique-se de que os algarismos significativos da resposta são compatíveis com os dados fornecidos.

8.   Verifique a resposta e reveja as hipóteses da solução a fim de assegurar que são razoáveis.

9.   Assinale a resposta”.

Muito comprido de digitar, mas vale a pena, para colocar os transientes, por exemplo, os de política ou de ecologia, tirando do plano da Física.

UM QUADRO MUITO ESPERTO (você pode colocar em qualquer enquadramento) – plastifique e leve consigo.

DO RAPOSA
EQUIVALENTE NA POLÍTICA (para projeto de obras, de leis, do que for)
1. Declare de maneira breve e concisa (com usas próprias palavras) a informação dada.
1. Que é que você entendeu do problema em evidência?
 
2. Defina a informação desejada.
2. O que você precisa para resolver esse problema?
3. Faça um desenho esquemático do sistema ou do volume de controle a ser usado na análise. Certifique-se de assimilar as fronteiras do sistema ou do volume de controle e as direções apropriadas das coordenadas.
3. Quem são as pessoas e os ambientes com os quais você está lidando (são empresas deste estado)? Quais são suas capacidades de operar, dentro daquelas margens, como definidas?
4. Apresente a formulação matemática das leis básicas que você considera necessária para resolver o problema.
4. Com o quê você pode contar em termos de instrumentos, máquinas, aparelhos, recursos humanos no caso em tela?
5. Relacione as hipóteses simplificadoras que você considera apropriadas ao problema.
5. Problemas socioeconômicos são complexos: o que você pode fazer de MAIS SIMPLES?
6. Complete a análise algebricamente, antes de introduzir valores numéricos.
6. Você levou tudo em conta? Refaça seus passos detidamente.
7. Introduza os valores numéricos (usando um sistema consistente de unidades) a fim de obter uma resposta numérica. a. Referencie a fonte de valores para as propriedades físicas. b. Certifique-se de que os algarismos significativos da resposta são compatíveis com os dados fornecidos.
7. Comece o procedimento (seja consistente com seu público, informando-o do que vai fazer). A. Ligue as pessoas que vão receber com quem está fazendo. B. Confira as obras, depois de acabadas; leve os destinatários até o local para darem o aval.
8. Verifique a resposta e reveja as hipóteses da solução a fim de  assegurar que são razoáveis.
8. Faça uma avaliação você mesmo, para ver se conseguiu o que pretendia.
9. Assinale a resposta.
9. Guarde memória do resultado.

Vê como o Fox e Mcdonald foram espertos? Claro, não fizeram para ter aplicação geral, mas poderiam perfeitamente ter pensado nisso. O quadro pode servir na condução da ecologia, no serviço de casa, em juizados, para diretores de escolas, para tudo mesmo. São bons conselhos.

Que eles tenham sido capazes de listar uma ordem lógica no aprendizado de matemática e física diz respeito àquela sabedoria, como apontada, mas que ninguém em tantos séculos e mesmo milênios de política universal tenha colocado um quadro assim é que é de espantar, é que é chocante, porque em política, como em administração, se está lidando com muito mais gente, até todos, enquanto na engenharia podem estar envolvidos só uns milhares (e na medicina um ou poucos). Não obstante, vigiamos TANTO a medicina e os médicos, e a engenharia e os engenheiros, e quase nada a política e os políticos. Não é extraordinário?

Vitória, sábado, 11 de dezembro de 2004.

Onde Cavar nas Bordas do Lagoão

 

O LAGOÃO FICAVA EM LINHARES (de Aracruz a São Mateus) – veja os vários textos deste Livro 104: O Páleo-Rio Doce, O Pantanal Mato-grossense de Linhares, A Descoberta de Milhares de Esqueletos.


                            Repare que podemos contar apenas com os tons de verde indicando terras mais altas ou mais baixas; MAS NÃO SABEMOS QUANTO, isto é, as cotas de cada lugar. Isso será preciso ainda descobrir, se a informação não está disponível (como deve estar). A área que calculei é de dois mil km2 e o perímetro, medido pela “ferramenta de medição” do Atlas Encarta em escala pouco sensível é de cerca de 500 km – é muito trabalho, mesmo para muita gente.

                            Como se sabe, além da fauna e flora aquáticas há os animais de terra que pastam nas beiradas; e os seres humanos não vivem dentro d’água e sim próximos das praias (será preciso delimitar as páleo-bordas, os limites em cada horizonte temporal). Por princípio elas estavam nos contrafortes das montanhas desde o começo do Lagoão (desde 115 mil anos atrás, com o começo da Glaciação de Wisconsin). Só há 10 mil anos, quando terminou W, é que o mar, tendo subido, definiu a nova linha onde é hoje a costa – por conseguinte, a linha-de-costa terá muito menos a oferecer, embora grande parte seja humana (dado que os sapiens passaram Bering há 15 e há 12 mil anos – e levaram um tempo para se espalharem até o Brasil e o Espírito Santo).

                            Pode ser que existissem ilhas, aonde as criaturas iam quando da existência do Lagoão e depois quando os pântanos estavam se formando, durante as chuvas, como no Pantanal Mato-grossense. Em resumo, é um trabalhão e é preciso criar bases em varais cidades, conseguir as licenças, vencer a inércia, etc.

ONDE ESCAVAR (comer pelas bordas, quando o assunto é quente) – as figuras não estão proporcionais, mas foi preciso colocá-las, porque não existe um grande mapa único. Em papel será mais bem visto.

a)      Pelo lado do mar (desde a divisa com a Bahia):


b)     Pelo lado das montanhas:


                            Se começasse agora acho que estaria perfeitamente delimitado (com recursos muito crescentes) pelo final do presente século, depois de uns 80 anos de trabalho intenso.

                            Vitória, terça-feira, 21 de dezembro de 2004.

                           

DADOS ORIENTANDO QUANTO AO LUGAR (busque mais completamente na Internet e nas enciclopédias, e em outros lugares)

Lagoa Juparanã
A Lagoa Juparanã faz parte de um conjunto de 69 lagoas, situadas desde a divisa oeste do município de Colatina à divisa norte de Linhares na lagoa Suruaca.
A imagem “http://www.rotasdoes.com.br/images/mapa_rodoviario_espirito_santo.gif” contém erros e não pode ser exibida.

O Sentido da Democracia

 

                            Cristo com sua prática de vida e seus ensinamentos colocou nitidamente a aproximação das elites até o povo (e vive-versa) e assim a vitória, pelo menos até o momento, do Ocidente sobre o Oriente.

                            Na matemática se “e” representa o espaço (nos livros em inglês, s, de space), então e (x) = an. xn + an-1.xn-1 + ... + ao, e a primeira derivada e’ = v é a velocidade, a segunda derivada e” = v’ = a é a aceleração, a terceira derivada e”’ = v” = a’ = A é o arranco.

                            A primeira derivada do espaçotempo E é a velocidade de E, a redução de uma dimensão entre o povo e as elites, entre os dois pólos do par oposto/complementar povo-elites, povelite ou nação ou cultura. Foi isso que Jesus conseguiu: diminuir a distância entre ambos, aumentar a comunicação. A primeira derivada é a democracia. Não que demo-cracia, poder-do-povo signifique totalidade, que não haja falsidade, pois os racionais não podem ter toda a verdade, nem totalidade em nada, que só cabe ao UM; é que há um avanço, por vezes avanço significativo como nos países nórdicos e na Suíça.

                            Agora, o que seria a derivada segunda, a aceleração do espaço, a velocidade da democracia? Penso que é a confiança, a consolidação da proximidade, quando não se precisa estar “de aviso”, de sobreaviso quanto a ninguém, podendo-se liberar os sentidos para as internidades, a interiorização do eu, o prazer da coletividade ampla no indivíduo. Aquela confiança a que Clarice Lispector atribuía tanta significação.

                            O que constituiria a derivada terceira, a aceleração da democracia, a velocidade da confiança? Seria o jogar-se dos amantes. Pois por natureza o povo e as elites des-confiam um do outro e a supressão de uma dimensão autoriza a confiança que já reinou nos EUA.

Mas, em vez de falar de supressão de dimensões, falemos de acréscimo, de potencialização (que é o que há na direção-sentido contrária/complementar). Entre as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e entre os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundos) pode-se subir muito nessa escada, mas não sei até em que nível se pode atingir a confiança total.

                            EM TODO CASO

                            Espaço

                            democracia

                            confiança

                            entrega

                            fusão

                            Democracia é um espaço mais elevado (menor no sentido de mais próximo, mais denso, mais inviolável). Confiança é uma democracia mais alta. Entrega é uma confiança mais apurada, um espaço estreitinho, de abraço. Fusão é quando dois são um e nem abraço é mais necessário.

                            POTENCIALIZAÇÃO DA NAÇÃO OU CULTURA OU POVELITE

POTÊNCIALI-ZAÇÃO
O QUE SE OBTÉM
SIGNIFICADO
Do espaço de circulação
Democracia
Velocidade de aproximação do povo e das elites (trocas que consolidam a união)
Da velocidade da comunicação
Confiança
Aceleração da democracia (sinceridade afetiva entre os pares)
Superdilatação da confiança
Entrega
Arranco da confiança (confiança total na retaguarda)
Entrelaçamento absoluto das almas
Fusão
Identidade total (não sei se alguma vez houve isso)

Podemos, portanto, dizer que a democracia compacta o povelite, torna-o mais sólido, mais íntimo, exponencializando as oportunidades de crescimento e expansão (tanto interna quanto externa). Grande parte disso já existiu nos EUA, muito menos no Brasil, mas esteve presente no mundo num período notável, de 1945 a 1968.

Vitória, segunda-feira, 20 de dezembro de 2004.

O Salto Brutal do Menino

 

                            No Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens) os homens (machos e pseudofêmeas) são caçadores que iam por vezes muito longe e durante muito tempo e as mulheres (fêmeas e pseudomachos) são coletoras que ficavam, sempre grávidas (evidentemente as fêmeas; menos as inférteis, que pediam para morrer, tão enxovalhadas eram – mas a Natureza as criou mesmo assim). Ficavam com 80 a 90 % (50 % eram elas; 25 % os meninos; mais velhos, doentes, aleijados – muitos desses se suicidavam -, anões e anãs; além de cachorros de boca pequena e gatos; era uma algazarra danada) da coletividade.

                            Ora, aos 13 anos (sigamos os judeus nisso) o garoto atravessava o “rito de passagem” (que a menina não tinha, pois ocultava a primeira menstruação, não apenas com medo dos homens quanto principalmente das mulheres, que as viam como competidoras). Esse ritual era MUITO brutal, muito violento, porque se tratava de arrancá-lo de sua condição feminina, passando-o à condição masculina.

A PRIVAÇÃO DO MENINO (era arrasadora, preparada tanto pelas mudanças naturais, biológicas/p.2, quanto pelas artificiais, psicológicas/p.3)

PRIVAÇÃO
O QUE ERA TIRADO
Alimentos fartos
Vindos da coleta, sempre possível, e das reservas ou estoques na caverna
Folguedos, festas
Brincadeiras, identidade, sentido de liberdade sem responsabilidade
Língua materna, a Língua das Mulheres
O burburinho, o falar alto, a gritaria (na caça não faz sentido chamar a atenção do predador e o silêncio é grandemente prezado)
Proteção
As paredes físicas da caverna e o amparo do coletivo
Proximidade
Identidade com todos e cada um (doravante, se ele não se cuidasse seria comido impiedosamente)
Vigilância
80 a 90 % dos olhos (os meninos eram particularmente apreciados e festejados pelas mães)

Era mudança da água para o vinho. De paparicado e adulado ele se via de agora em diante abandonado e espezinhado, não só tratado como o último (o que era realmente, o mais novo, o recém-chegado), como principalmente sendo obrigado a fazer todas as tarefas degradantes, como buscar coisas para os outros (até hoje a pior humilhação para um garoto, um adolescente, é justamente ser mandado em busca de algo), carregar objetos, não participar das “conversas dos homens” e assim por diante.

Não podia ser diferente disso e a Margareth Mead errou feio.

É um fosso e não admira mesmo nada que os garotos se sintam torturados, embora as meninas nem tanto (exceto na menstruação, que antigamente se davam muito mais cedo, aos 8 anos). Durante uns, digamos, sete anos ele vivia alucinado, tanto pelas novas drogas biológicas fabricadas e injetadas pelo organismo quanto pela coletividade. Não podia mais ser menino e não era ainda homem, vivia num limbo horroroso.

Agora, pense que desses adolescentes gerais vêm os adultos que somos, para ficar estarrecido que as coisas não sejam piores do que são.
                            Vitória, domingo, 12 de dezembro de 2004

O Pantanal Mato-grossense de Linhares

 

                            Neste Livro 104, no artigo O Páleo-Rio Doce, vimos que na mais recente glaciação - a de Wisconsin - a água desceu 160 metros. Claro, o mar podia ser visto muito mais distante de onde está hoje vários quilômetros, mas se havia um canhão, um precipício que para baixo dos 28 metros atuais do promontório da cidade sobre o rio desceria no total até perto dos 200 metros, também é verdade que esse buraco se estenderia para dentro, para os lados de Colatina, até lá por Humaitá ou onde fosse, em todo caso uns 60 a 80 km de onde está a foz do rio hoje em Regência/Povoação.

                            De Aracruz até Conceição da Barra existiu, portanto, uma páleo-lago que ao ir secando constituiu um imenso (para o Espírito Santo) pantanal, semelhante em profusão de vida ao atual Pantanal Mato-grossense. Até nossos tempos, até 1963, quando chegamos à cidade, lá era uma espécie de selva amazônica muito copiosa em vida, o que nos faz pensar quanto mais terá sido 10 mil anos para trás e antes ainda por outros milhares até 115 mil anos passados, quando se iniciou Wisconsin.

                            Para resumir:

A)     Foi lago de 115 até 10 mil anos atrás;

B)     Não sei durante quanto tempo foi pantanal, como o Mato-grossense hoje (pegamos ainda um resto na Suruaca, esgotada com a ajuda dos canadenses);

C)     Depois foi floresta luxuriante, como a amazônica hoje (e será deserto de areia, criação acelerada desde 1975).

Imagine só a vista há, digamos, cinco mil anos, três mil anos antes de Cristo com milhares e centenas de milhares de pássaros e patos, com crocodilos, com peixes gigantescos (de vários metros), com todo tipo de vida marinha e de água doce, pois estavam se mesclando as águas, dado que o rio Doce ia ocupando os baixios quando a linha de praia foi formada pelo nível definitivo, oito mil anos antes de Cristo. Devia ser algo de realmente espantoso, de encher os olhos; mesmo quando os europeus chegaram, há 500 anos ainda devia ser muito rico. Os índios vieram em duas levas há 15 e 12 mil anos, mas não sei quando precisamente os goitacás chegaram às margens da grande lagoa que morria. Devem ter ficado absolutamente deslumbrados, porque também não era mata indevassável como na Amazônia – não era nem de longe tão grande. Havia montanhas em volta, lá por Rio Bananal, de onde se podia avistar todo o cenário. Que beleza estonteante! Ficará lindíssimo em computação gráfica.

Vitória, sábado, 18 de dezembro de 2004.

O Páleo-Rio Doce

 

                            Como já disse várias vezes, deduzi que as lagoas estavam alinhadas, mostrando um antigo lago, medi com papel milímetro (contei os quadradinhos, e os meios-quadrados como triângulos, somei tudo e obtive a informação nem tão imprecisa de) 2,0 mil km2. Enviei as conclusões à Petrobrás e o presidente dela ordenou que um geólogo fosse se encontrar comigo lá no posto de gasolina que foi do meu pai e da minha mãe.

                            AS LAGOAS (que alinhadas são!)


Repare que estão na parte mais verde e mais baixa. O alinhamento é ainda mais preciso que isso, levando-se em conta as outras lagoas. Havia uma GRANDE páleo-lagoa que ia de Aracruz a São Mateus (depois descobriram ali uma reserva imensa de sal-gema, que resta inexplorada). O Rio Doce passou a desaguar onde (aproximadamente) está hoje, fechou o continente no ES com areia, formando as praias e definindo os depósitos de terra ou aluviões; formou imensos pântanos, onde a vida borbulhava intensamente numa grande festa (os alagados agora secos de Sooretama não passavam de fichinha perto daquilo – da mesma ordem de grandeza do Pantanal Mato-grossense). Depois tudo foi ocupado pela floresta que, em toda a sua exuberância que ainda tinha em 1963 quando chegamos a Linhares, é todavia de menos de 10 mil anos.

O LAGOÃO DE ARACRUZ A SÃO MATEUS (dois mil km2 de sal-gema, uma das maiores reservas do mundo)


Então eu disse que o Rio Doce desaguava outrora em Humaitá, no distrito de São Rafael, Linhares, bem lá para dentro 60 km de onde a foz está agora, onde devem ser procurados os sambaquis, pois até há 10 mil anos passados, até o fim da Glaciação de Wisconsin, o mar estava 160 metros mais baixo e havia um canhão, não se dando a delimitação destas de agora e sim de outras lagoas (quer dizer que estas de agora têm menos de 10 mil anos). Evidentemente os índios das levas de 15 e de 12 mil anos atrás viveram (se chegaram a tempo) às margens de OUTRAS ÁGUAS (outros rios, outros lagos, outros mares, outras chuvas). Medindo com a “ferramenta de medição” do Atlas Encarta dá 80 km até Bela Vista seguindo as margens do Rio Doce.

TUDO ERA TÃO RECUADO NO PASSADO!


UMA ILUSÃO ATUAL (entre tantas; as coisas mudam muito, nossas vidas é que são curtinhas) – ainda em nossas vidas a foz do Rio Doce tem mudado constantemente. Isso não é contado nas escolas.


Ninguém, nas aulas de geografia e de história, fala do RITMO DE MUDANÇAS, isto é, de quanto devemos nos precaver por unidade de tempo; não falam de SENSIBILIDADE GEOGRÁFICA, de transformação do espaço presente, nem de SENSIBILIDADE HISTÓRICA, de alterações do tempo passado.

Quanto devemos esperar que o espaçotempo tenha mudado em, digamos, passadas de 10 anos (2000, 1990, 1980 ..., 200, 190, etc.), se estivermos estudando geografia ou história? Ou de 1.000 anos, de estivermos estudando paleontologia ou geologia? Como estarão os AMBIENTES (mundo, nação-Brasil, estado-Espírito Santo, cidade/município-Vitória), para neles se posicionarem as PESSOAS (empresas, grupos, famílias e indivíduos) em 2010, 2020, 2030, 2040 ...? Por não terem capacidade de previsão os governos condenaram a comunidade de Conceição da Barra, pois lá o mar vem tomando a praia há 15 anos.

Em resumo: com tão pouco se teria descoberto tanto e teria sido possível ajudar mais todo mundo e cada um.

Os governempresas não se preocupam com a coletividade.

Vitória, domingo, 12 de dezembro de 2004.

O Equilíbrio da Mulher e as Regras do Raposa

 

                            Em seu livro de mecânica dos fluidos Fox e Mcdonald colocaram uma série de regras que podem ser vertidas em muitas situações. Fiz isso para os políticos e agora estou colocando a possibilidade de as mulheres desejarem (isso prestará tremendos serviços aos homens, porque arranjará motivações para crescermos também) enquadrar-se para novos crescimentos.

AS REGRAS TIRADAS DE FOX E MCDONALD (veja texto deste Livro 104, Os Conselhos do Raposa) – servem simetricamente para os homens.

DO RAPOSA (para engenheiros, cientistas e matemáticos)
PARA O NOVO EQUILÍBRIO DA MULHER (uma adaptação)
1. Declare de maneira breve e concisa (com usas próprias palavras) a informação dada.
1. Como exercício, treine-se para estabelecer (com seus meios, sem recorrer aos modelos) rápida e essencialmente os objetivos reais perseguidos.
2. Defina a informação desejada.
2. Onde COMO FEMININO você REALMENTE quer chegar (não poder ser cortar metade do seu corpomente, o MASCULINO).
3. Faça um desenho esquemático do sistema ou do volume de controle a ser usado na análise. Certifique-se de assimilar as fronteiras do sistema ou do volume de controle e as direções apropriadas das coordenadas.
3. Quantas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) estarão envolvidos? Você tem idéia precisa dos seus limites e daqueles dos seus parceiros de projeto?
4. Apresente a formulação matemática das leis básicas que você considera necessária para resolver o problema.
4. Mostre DETALHADAMENTE os elementos básicos envolvidos. Mostre as linhas que ligam uns aos outros.
5. Relacione as hipóteses simplificadoras que você considera apropriadas ao problema.
5. Liste as reduções que seria adequado conseguir para simplificar a solução.
6. Complete a análise algebricamente, antes de introduzir valores numéricos.
6. Antes de começar a fazer, simule a solução usando o passado - nas situações similares - como dado.
7. Introduza os valores numéricos (usando um sistema consistente de unidades) a fim de obter uma resposta numérica. A) Referencie a fonte de valores para as propriedades físicas. B) Certifique-se de que os algarismos significativos da resposta são compatíveis com os dados fornecidos.
7. Comece o processamento, procurando consistência o tempo todo. A) Crie linhas de comunicação entre os vários solucionadores. B) Garanta que todos saibam o que está sendo tentado e dito, promovendo debates entre os parceiros.
8. Verifique a resposta e reveja as hipóteses da solução a fim de assegurar que são razoáveis.
8. Coteje ou compare o que pretendia em cada caso com o que foi conseguido.
9. Assinale a resposta.
9. Guarde memória de tudo.

Veja, organizar as mulheres significa fazer crescer todo o mundo, porque se elas subirem X degraus obrigarão os homens a subirem Y outros. O melhoramento delas interessa a todos, dos políticos às áreas do Conhecimento.

Vitória, domingo, 12 de dezembro de 2004.